Por:

Crítica | 'IT: Capítulo Dois'

Por Pedro Sobreiro

Pennywise está de volta aos cinemas para terminar a onda de terror que ele instaurou nos anos 80. A aventura de terror agora se passa no século XXI, mais precisamente em 2016. As crianças de Derry estão adultas e cada um seguiu seu rumo.

Parte do divertimento é ver o elenco adulto, tentar adivinhar a qual criança eles correspondem e ver se são realmente parecidos. E não é que são mesmo? O casting do filme é maravilhoso. Jessica Chastain é um primor como Beverly. A sutileza de sua atuação transparece os traumas que a personagem sofreu ao longo dos anos. Da mesma forma, o Richie de Bill Hader é extremamente divertido e arrogante. Ele tem grandes momentos com suas tiradas excelentes. Mas quem rouba a cena mesmo é Bill Skarsgård. Ele retorna ao papel de Pennywise, o palhaço dançarino, e dá um show! Sua atuação é espetacular e capaz de assustar até aos mais corajosos.

Apesar de ser bem mais assustador que o primeiro filme, IT: Capítulo Dois peca no roteiro. A opção criativa de se apoiar nos Jumpscares clássicos é efetiva na construção do terror momentâneo, mas fica aquele sentimento de que poderiam ter investido mais na construção do clima de tensão. A trama tem muito potencial para ficar apenas nos sustinhos de criaturas pulando na tela enquanto o som fica cada vez mais alto. A direção também poderia ter cortado uns 15 minutos para deixar mais dinâmico, já que as quase 3h de filme cansam um pouco e pode até dificultar a imersão de alguns espectadores na história.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.