Vereadores dizem que está incerta aprovação de troca de Campo de Marte com governo federal

Por: Camila Mattoso

Após ter conseguido com facilidade a aprovação em primeiro turno, a gestão Ricardo Nunes (MDB) tem ouvido de vereadores da base e da oposição que terá de se empenhar mais para ter os votos necessários para conseguir a autorização em segundo turno para seguir adiante no acordo com o governo federal sobre o Campo de Marte, na zona norte da cidade de São Paulo.

Conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo, Nunes e Jair Bolsonaro (PL) se aproximam de acordo segundo o qual a Prefeitura de São Paulo e o governo federal promoveriam um encontro de contas entre a dívida do município, estimada em R$ 25 bilhões, e a indenização devida pela União em relação ao uso do Campo de Marte, que, no momento, é calculada em R$ 49 bilhões.

Se aprovado, o PL na Câmara autoriza a prefeitura a abrir mão da diferença entre os valores.

Na oposição, formada por PT e PSOL, os vereadores pedem mais transparência em relação aos valores, querem saber qual o tamanho da área do parque que ficará com a prefeitura e defendem que conste na lei as políticas públicas que serão privilegiadas com o alívio do caixa, como programas para erradicação da pobreza.

Paulo Frange (PTB), vereador da base do governo, defende que conste no texto um prazo para desativação do aeródromo, cujo funcionamento, segundo ele, limita o desenvolvimento urbanístico da região: os prédios têm limitação de gabarito muito baixa por questões de segurança, inviabilizando o interesse financeiro das construtoras.