Por:

Prédios desabam e causam duas mortes em Belo Horizonte (MG)

Um homem e uma criança de um ano e oito meses morreram no início da madrugada desta terça-feira (7) após o desabamento de dois prédios no bairro Jaqueline, zona norte de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Outras três pessoas, entre elas a mãe da criança que morreu, foram socorridas com ferimentos e levadas para hospitais da região.

Um dos prédios, com quatro andares, não estava ocupado. As vítimas estavam no outro prédio, de três andares. As construções eram irregulares, segundo a prefeitura.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros ainda não informaram as causas dos desabamentos. Não foi possível determinar, por exemplo, qual dos dois imóveis caiu primeiro e se o acidente foi provocado pelas chuvas das últimas horas na cidade.

As horas que antecederam a queda dos imóveis foram de muita chuva em Belo Horizonte e na região metropolitana. Choveu forte na capital ao longo de toda a segunda-feira (6). O acionamento dos bombeiros ocorreu à 0h28.

A inspeção inicial da subsecretaria de Proteção e Defesa Civil municipal constatou que o imóvel de quatro andares desabou totalmente. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte o imóvel "situado à rua Gonçalo de Souza Barros 103, no bairro Jaqueline, é irregular, ou seja, sem projeto aprovado ou baixa de construção", conforme nota enviada pelo município.

Na segunda-feira (6), uma criança de 3 anos ficou ferida após o desabamento do muro de uma casa no bairro São Gabriel, na região nordeste de Belo Horizonte. A queda dos imóveis aconteceu durante vigência de alerta de alto risco geológico emitido pela Defesa Civil de Belo Horizonte, informe que tem validade entre a manhã desta terça-feira e a próxima sexta-feira (10).

"Acordei com um barulho estranho por volta de meia-noite. Não quis sair à rua para ver o que estava acontecendo", contou Maria da Penha Silva, 63, que mora em frente aos imóveis que caíram. "Logo depois ouvi as sirenes dos bombeiros, fui para o portão e vi os dois prédios desabados", acrescentou. Os vizinhos disseram ainda que o imóvel onde os prédios foram construídos pertence a uma senhora que mora próximo ao local.

Familiares que acompanhavam a remoção de escombros das construções na tarde desta terça-feira não quiseram dar detalhes sobre quando e sobre quem construiu os prédios.

Como ainda não está confirmado que o desabamento ocorreu por conta das chuvas, as duas mortes no bairro Jaqueline não foram atribuídas a ocorrências pelo período chuvoso 2021/2022.

No interior do estado, por outro lado, três pessoas já morreram em decorrência de tempestades. Uma em Coronel Fabriciano (Vale do Aço), uma em Nova Serrana (Centro-Oeste) e outra em Uberaba (Triângulo Mineiro).

A Defesa Civil do estado registrou até esta terça-feira (7) 2.394 desalojados por causa das chuvas no estado. O balanço do período chuvoso de 2021/2022 teve início em 1 de outubro. A cidade com maior número de desalojados até o momento é Ouro Preto (Central), com 381.

Na região metropolitana da capital há preocupação ainda com a cheia do Rio das Velhas em Santa Luzia. O curso d'água tem como um de seus afluentes o Ribeirão Arrudas, que corta Belo Horizonte.

?OUTROS CASOS

No dia 17 de novembro, um prédio de quatro andares desabou no Morro do Salgueiro, na zona norte do Rio de Janeiro e deixou um morto e três feridos. No fim de outubro, um prédio residencial de três andares desabou e deixou um morto e três feridos em Nilópolis, cidade da Baixada Fluminense.

Em junho, outro prédio, de quatro andares, desabou na comunidade de Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro. Morreram um homem de 30 anos e uma menina de dois anos, que eram pai e filha. Quatro pessoas ficaram feridas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.