Lote com 2,1 milhões de doses de CoronaVac chega ao Brasil

O maior lote da vacina CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, chegou na manhã de hoje (24) ao Brasil. A carga, com 2,1 milhões de doses prontas para aplicação, desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), por volta das 5h30. O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, e o presidente do instituto, Dimas Covas, receberam o carregamento. A primeira remessa da CoronaVac chegou ao país em 19 de novembro, com 120 mil doses.

Desta vez, além das vacinas prontas, a carga trouxe ainda 2,1 mil litros de insumos que serão envasados na fábrica do Instituto Butantan, totalizando 3,4 milhões de doses do imunizante. Segundo o Governo do Estado, outros dois lotes da CoronaVac devem desembarcar no país nos dias 28 e 30 de dezembro. A expectativa do governador João Doria (PSDB) é fechar o ano com 10,8 milhões de doses da vacina. Ainda segundo o governo, o imunizante tem eficácia superior a 50% e terá o registro pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Apesar disso, o índice preciso não foi divulgado pela gestão Doria, como estava previsto. É o segundo adiamento do gênero. Como a Folha adiantou, a Sinovac Biotech, laboratório chinês que criou a vacina, pediu ao Instituto Butantan, patrocinador do principal estudo da sua fase 3 no mundo, o envio de toda a base de dados.

Os chineses querem unificar e equalizar os dados com os ensaios feitos em outros países, como Turquia e Indonésia, para evitar que índices diferentes sejam divulgados.
Essa análise deve levar no máximo 15 dias, e o governo paulista afirma que seu planejamento de começar a vacinação em 25 de janeiro está mantido. Tudo dependerá da velocidade de aprovação da CoronaVac pela Anvisa.

O mínimo exigido para aprovar uma vacina é 50% de cobertura, segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O estudo começou no dia 20 de julho. Vale ressaltar que a CoronaVac já havia demonstrado ser segura e capaz de provocar resposta imune em até 97% dos participantes de etapas anteriores do estudo, feitas na China.