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DF: MP aponta irregularidades nos hospitais de campanha

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) tem um prazo de dez dias, determinado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, para explicar supostas irregularidades na execução das obras dos três hospitais de campanha da capital. Ao todo, as unidades de saúde do Gama, do Autódromo e de Ceilândia, inauguradas em maio deste ano, têm 300 leitos de cuidados intermediários (UCI).

Conforme as informações, a medida atende a uma representação do Ministério Público de Contas (MPC), que também pediu a suspensão dos pagamentos por obras, serviços e materiais não previstos nos contratos dos hospitais. A suspeita, segundo o TCDF, é de que houve substituição de materiais por outros de menor valor e alterações nos projetos sem o devido aditivo contratual. Os promotores também pediram a inspeção nas unidades do Autódromo e de Ceilândia. A vistoria no Hospital de Campanha do

Gama ocorreu no dia 6 de maio e o Ministério Público identificou que houve acréscimo de áreas, modificação de materiais e readequação do espaço, por causa do curto tempo de construção. Ainda conforme o órgão, todas essas mudanças não previstas geraram impacto orçamentário.

Já o Hospital do Autódromo, com apenas 32 dias de inaugurado, acumula denúncias de irregularidades que foram identificadas por equipes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa e membros da Comissão de Saúde Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A unidade está impedida de receber novos pacientes desde a semana passada, por determinação da Vigilância Sanitária, que também fez uma vistoria na unidade. Enquanto isso, dos 100 leitos, 60 estão vagos.

À imprensa, a empresa pública informou que vai prestar os esclarecimentos. Ao todo, foram empenhados R$ 20 milhões e pagos R$ 4.541.376,56 e 2.046.695,25 à duas empresas que assumiram as obras.

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