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Rodovias em concessão

Com expectativa de participação de empresas de menor porte, o governo licita amanhã (8) a concessão de 1.009 quilômetros das rodovias BR-163 e BR-230 que ligam o Mato Grosso a portos no Pará, hoje uma das principais rotas de escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste. A concessão tem investimentos previstos em R$ 1,87 bilhão, principalmente na construção de acostamentos e acessos a terminais graneleiros no Pará e em melhorias nos trechos urbanos. Os custos de operação durante o prazo de concessão estão estimados em R$ 1,2 bilhão.

O edital prevê um prazo de concessão de apenas dez anos, bem inferior aos 25 a 35 anos de concessões rodoviárias no país, já que a expectativa é que o fluxo de cargas caia abruptamente com o início das operações da Ferrogrão, ferrovia que fará o mesmo trajeto.

O polêmico projeto ferroviário é uma das principais apostas do Ministério da Infraestrutura do governo Bolsonaro, que aguarda liberação pelo Supremo Tribunal Federal para lançar o edital. Diante do impasse, o leilão da Ferrogrão deve ser adiado para 2022. “[A BR-163] é um projeto de transição”, diz a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa. “Vai suportar a carga enquanto não tiver a Ferrogrão, que é o projeto permanente para Arco Norte.” O trecho, pavimentado com recursos do governo, movimenta 15 milhões de toneladas de grãos por ano.

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