Galpões logísticos dominam o ramo imobiliário na pandemia

A pandemia mudou preferência por ativos imobiliários, conforme mostra levantamento feito pelo GRI Club com a Brain Inteligência Estratégica. O estudo aponta que mudanças no tipo de negócios provocadas pela pandemia de covid-19 impulsionaram novas apostas no setor imobiliário. O estudo realizado entre fevereiro e março deste ano, indica que o segmento de escritórios deixou de ocupar o segundo lugar na lista de categorias preferidas dos investidores. Isso porque a procura por imóveis deste tipo sofreu uma queda e tanto nos últimos dois anos: saiu de 80% no fim de 2019 para 7% nos dias de hoje.

“A tendência agora são os investimentos em galpões logísticos. Nunca vi nada igual neste mercado!”, afirma Leonardo Martins de Almeida, CEO da Araguaia Empreendimentos, empresa com mais de 10 anos de atuação, referência na construção e locação de galpões logísticos que viu sua demanda por construções e por locação subir mais de 50% em comparação a 2021.

De acordo com levantamento da consultoria Cushman & Wakefield, a ocupação de galpões logísticos no primeiro trimestre deste ano bateu recorde no país, com 15,1 milhões de metros quadrados ocupados. Volume 7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. A alta também refletiu na taxa de vacância (imóvel disponível para locação), que é a menor já registrada pelo índice: 12,6% - bem menor que os 17,7% registrados nos primeiros três meses de 2020.

“Ao que tudo indica, o hábito de comprar online deve permanecer, e o mercado de galpões logísticos deve continuar aquecido durante todo o ano de 2021, afirma o CEO da Araguaia, que já conta com 50.000 m2 de área de construção de galpões em construção para entrega até o final deste ano.

A pesquisa da GRI Club com a Brain Inteligência Estratégica mostra, ainda, que 74% das empresas estão investindo e ampliando projetos imobiliários, resultado recorde para a série histórica, iniciada em 2016. Conforme o levantamento, os motivos fundamentais citados pelos entrevistados para que o pensamento positivo continuasse a confortar o setor foram: imunização em massa (91%), avanço de reformas no Congresso (67%) e a manutenção em juros baixos (55%).