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Coluna Magnavita: Na contramão da história

Remanescente do governo Temer e já algum tempo arrastando as asas para o governador João Doria por conta do seu padrinho, o deputado Herculano Passos, o secretário de Relações Inter Institucionais do Ministério do Turismo, Bob Santos, em plena crise do coronavírus, está destoando da equipe de secretários nacionais do governo Bolsonaro que estão enfrentando a crise.

O caso fica mais grave por Santos ter sob sua responsabilidade a coordenação de segurança turística, e foi dele a iniciativa de barrar, em fevereiro, a campanha de prevenção covid-19 que seria testada no carnaval do Rio. Apesar de o mundo já estar com alerta ligado, ele pediu mais estudos e abortou a ação.

Sem medo de ser feliz, ele próprio foi ao carnaval carioca, onde foi visto no Camarote da N1, desprezando o camarote oficial da Prefeitura, preferindo driblar as regras de compliance e optar pela cervejaria.

Já com a crise começando a atingir o turismo, preferiu viajar para Portugal, mantendo o posto de um dos campeões de viagens da esplanada dos Ministérios. De regresso da Europa, optou por uma quarentena de 14 dias em casa, em vez de fazer o exame e voltar a trabalhar como já fez o titular da pasta. Enquanto o ministério fervilha para juntar os cacos de um setor que dissolveu, ele se mantém confortavelmente distante do pandemônio e tenta resolver tudo por whatsapp.

Bob Santos entrou no governo federal quando o deputado Herculano Passos, hoje cada vez mais ligado a Doria na política paulista, acertou com Temer a ida para o MDB e exigiu como contrapartida uma secretária nacional no Turismo para seu fiel ordenança. Bob, na verdade Babington, tem usado a quarentena para calcular o bilionário orçamento que passará a administrar caso se concretize uma mudança interna de secretário que o deixará à frente do orçamento de obras da cultura e do turismo juntos.

Reforço eleitoral

Foi bem recebida a ideia de Gutemberg Fonseca ser ungido à condição de vice-prefeito na chapa de Marcelo Crivella.

Poucas pessoas lembram que o vice de Crivella faleceu há alguns anos.

Pura demagogia

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticam o presidente Bolsonaro de ter encontrado com a população na frente do Planalto no último dia 15, porém não deixaram de ir, abraçar, cumprimentar e circular na festa da estreia da CNN, em São Paulo, uma semana antes.

Estar com empresários e dirigentes em uma festa para mil pessoas em São Paulo, maior foco do coronavírus no Brasil pode! Estar com a população anônima em Brasília não poder!

Quando a festa da CNN foi realizada. todos os alertas já estavam ligados, e a Itália já contabilizava seus mortos.

Witzel isolado

O governador Wilson Witzel está enfrentando dificuldades de enfrentar a crise e passou a ter dimensão da responsabilidade de governar um estado falido.

Para piorar o seu desespero, a queda vertiginosa da receita do petróleo e as brigas internas dos diferentes grupos do governo estão deixando-o em um nível de estresse nunca visto antes. Além de palavrões, o governador anda de pavio curto.

Nunca o Estado do Rio dependeu tanto do governo federal, e o governador só tem aumentado o fosso que o separa de Bolsonaro.

Apostas da semana

Quando será revelado o número verdadeiros de médicos já contagiados no Rio?

Que um delator da Lava Jato vai desistir de pedir esta semana a mudança de regime. Prefere não gastar com advogados e ficar em prisão domiciliar.

Que o conselho de Ética recebe denúncia contra Ruan Lira, que resolveu comemorar o Ted milionário feito pelo Refit para a Liesa.

Que Lucas Tristão nunca esteve tão prestigiado junto ao governador. É para ele que WW chora as suas mágoas. Voltou a ser confidente.

Que a ordem de Rodrigo Maia para a equipe do DEM no Rio é reeleger vereador o seu pai, Cesar Maia.

Que o sumido Cleiton Rodrigues, secretário de governo do Rio, volta a pensar em se candidatar a prefeito de Petrópolis.

Magnavita

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