Por Cláudio Magnavita*
Já se sentido todo poderoso e embriagado com o própria sucesso midiático o ainda Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta promoveu em cadeia nacional de televisão um dos mais sórdidos ataque a uma empresa privada de saúde, sem que houvesse um único repórter capaz de questioná-lo.
Na entrevista, que acabou virando monólogo incansável é irônico, com perguntas previamente filtradas, Mandetta passou utilizar este espaço para seus recados pessoais. É só decifrar as entrelinhas.
Como defensor de planos privados, tendo ele próprio sido dirigente da Unimed e depois como deputado federal representante dos grandes planos, ele atirou contra a PreventSenior.
Especializada em um segmento desassistido e até odiado pelas grandes bandeiras, o da terceira idade, a empresa cresceu e começou a incomodar os correntes. Comprando hospitais e recrutando qualificados médicos a PreventSenior tem sido o alvo de forma inexplicável de alguns setores abduzidos pelos concorrentes .
Este foi o Ministro chegou ao disparate de fazer comentários sobre o modelo de negócios da PreventSenior. Falou sobre um modelo que paga mal aos médicos, que não havia divido os riscos de uma carteira só de idosos , falou em contaminação e pediu providências.
Em qualquer país de primeiro mundo o Mandetta seria alvo de um processo milionário. Os óbitos ocorridos nos hospitais da PreventSenior são decorrentes da concentração de pacientes exclusivos da terceira idade, grupo de risco da Covid-19.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo não encontrou nenhuma irregularidade nas inspeção que fez. Já a municipal entrou no jogo insano de detonar o novo concorrente dos grandes planos .
A rede foi a primeira a fazer os testes da cloroquina, com excelentes resultados , inclusive na mãe do presidente da rede.
Este foi um caso bem claro do momento que Mandetta deixou de ser Ministro e passou a atuar como lobista dos grandes planos privados, como fez nos seus anos de Congresso Nacional.
*Claudio Magnavita é diretor de Redação do Correio da Manhã.