Escrever sobre o papel da mídia é sempre delicado, especialmente por quem milita na comunicação há mais de meio século, como no meu caso. Mas não é sem razão que a imprensa é chamada de quarto poder nas democracias.
Uma imprensa livre, plural, é parte essencial da democracia. Os regimes totalitários trataram sempre de impor a censura ou o suborno. Os de esquerda, então, avançam no bloqueio da internet, na proibição de jornais, rádios e televisões privadas e até impedem a circulação de jornais estrangeiros, como ocorre em Cuba e nos anos de comunismo no Leste Europeu.
A censura de inspiração stalinista, infelizmente, está muito presente no chamado mundo livre. O que começou por uma disfarçada infiltração assume, hoje, posição quase que hegemônica de esquerdistas de diferentes origens, mas tendo em comum bandeiras de ataque a valores e personalidades que não são de seu agrado. Nos EUA, impressionam as agressões permanentes ao presidente Donald Trump, que, mesmo assim, é o favorito nas eleições de novembro, em função dos bons resultados na economia.
No Brasil, o presidente Bolsonaro vê os ganhos de seu governo ignorados pela imprensa, que dedica grandes espaços às declarações pouco felizes em que o presidente se especializou. Como o povo percebe que o Brasil está no caminho certo, sem demagogia e corrupção, continua popular. A situação chegou ao extremo do ministro da Saúde ser questiona do na TV se as diferenças do presidente com o Congresso poderiam prejudicar a ações públicas face ao coronavírus.
No caso de Trump, como no de Bolsonaro, a má vontade da mídia é internacional, fruto da conhecida união das esquerdas, internacionalistas por princípio. Os políticos que criticam Bolsonaro por ir as ruas dia 15 estavam numa festa de 1.300 convidados.
Na Europa, em geral, a manifesta tendência esquerdista dos noticiários parece dominante, exceto na Espanha, onde circulam jornais influentes mais à direita, como La Razón e El Mundo, e o ABC, ainda centrista. Já El País é pautado pela esquerda.
Garantida a liberdade de imprensa, o direcionamento passou a ser pela seleção de jornalistas e colaboradores. Um atendo observador verá que os jornais ligados a grandes grupos econômicos, generosamente, admitem dois ou três colaboradores que defendem o capital e valores cristãos, contra uma dúzia de críticos das empresas, da ação policial.
Nas telenovelas, o destaque tem sido os casais não convencionais, com cenas explícitas. O objetivo é chocar a sociedade majoritariamente conservadora.
Num mundo que precisa aplicar cada vez mais com critério os recursos públicos, o estranho é que sobrevivam, nas democracias, complexos de TV estatal de alto custo como na União Europeia. Estatais e tendenciosos. Liberdade de imprensa sem pluralismo não é liberdade. É fraude!