Coluna Magnavita: Pinga-Fogo: O Rio perde... Mas quem ganha em um possível embate entre Castro e Ceciliano?
Quem anda rindo à toa com a notícia da falta de diálogo entre o Palácio Guanabara e a Alerj é o ex-governador Wilson Witzel. É uma curiosidade quase mórbida que leva ao ex-governador ficar ao telefone querendo o acirramento de um conflito que, na prática, não existe.
Witzel revela que apurou que o clima é bem similar ao que viveu, provocado por Lucas Tristão, que o incentivou a partir para um embate e ameaçou deputados. “Este foi o meu maior erro. Eu nunca deveria ter entrado neste conflito” afirmou o ex-governador nas reflexões que têm feito sobre os erros que cometeu.
No caso de André Ceciliano e Cláudio Castro, o cenário é bem diferente. O olho no olho nunca falhou entre os dois. Eles mantêm uma posição respeitosa e sabem colocar a estabilidade política do Rio acima de qualquer picuinha.
O único problema identificado é a tentativa de terceiros de torcer pelo circo pegar fogo e incentivar um embate no qual nunca haverá vencedores. O crescimento da dupla Ceciliano e Castro é incontestável e quem incentiva o conflito é porque deseja deter o crescimento dos dois.
A grande lição é uma: um governador e um presidente da Alerj não podem ficar sem se falar por mais de 10 dias. Quando isso acontece, quem perde é o Rio. O estado está em sua melhor fase e tem inimigos declarados. Entre eles, alguns setores da área econômica, que não resolveram ainda a questão da recuperação fiscal. Executivo e Legislativo precisam compreender que são poderes complementares, quase siameses. Um não pode viver sem o outro. Dividir o Rio é tudo que os inimigos de plantão desejam. É só olhar em volta. Para eles, o pior quadro é ter um presidente da Alerj forte e um governador forte. E os dois só estarão fortes se estiverem unidos.
Com um conflito entre Castro e Ceciliano, fica aberta uma avenida para os oportunistas. É só ver quem anda plantando notas na mídia querendo o embate.
