Coluna Magnavita: Fim de festa no MAM. Durou pouco a atabalhoada gestão de Fabio Szwarcwald

Durou pouco a atabalhoada gestão de Fábio Szwarcwald no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM). Depois de uma contestada passagem pelo Parque Lage, Fábio chegou ao MAM prometendo mundos e, sobretudo, fundos aos Conselheiros da instituição.

Uma de suas principais promessas era trazer recursos do mercado financeiro para o Museu, deixando intacto o fundo de investimento milionário, criado a partir da venda de uma obra de Jackson Pollock, doada ao MAM por Nelson Rockefeller.

Os gastos, no entanto, só acumularam. Em menos de dois anos, Fábio demitiu todos os curadores do Museu, além de funcionários com mais de 25 anos de casa, e contratou gente a peso de ouro, algumas vindas até de São Paulo, sem notório saber na área cultural.

A intervenção na Curadoria, os gastos exorbitantes e a pífia programação do Museu geraram revolta entre os Conselheiros, que passaram a vigiar com lupa os gastos do rapaz, além de atos inconsequentes, como a retirada de filtros solares das salas de exposição, prejudicando a integridade dos quadros, algo que foi alertado por museólogos.

A gota d’água, no entanto, teria sido a decisão de Carlos Alberto Chateaubriand, gestor anterior, de retirar boa parte do inestimável acervo de seu pai do MAM, diante de tantos gestos desprovidos de noção.

Com o fim de festa de Fábio Szwarcwald, anseia-se que sejam recuperados o prestígio e a grandeza de um dos maiores patrimônios culturais do Brasil. Espera-se que de algum lugar do além, Niomar Moniz Sodré, fundadora do MAM – jamais citada em um discurso do gestor afastado –, abençoe o museu por dias melhores.