Coluna Magnavita: Os 10 Erros Capitais do MAM

O colapso do Museu de Arte Moderna do Rio, o MAM, pode ser refletido em fatos, que tentam ser tapados com peneira. O ex-diretor Fabio Szwarcwald saiu atirando. Aliás, toda a estrutura de comunicação do museu, contratada pelo gestor defenestrado, solicitou a publicação de uma “nota repúdio”. Nela, demonstra o desconforto sobre a nota publicada na edição de 1º de fevereiro do Correio da Manhã. Na inusitada nota opinativa, em nome do MAM, a “assessora” Mônica Villela só esbraveja contra o jornal. Quando efetivamente for enviado à redação um pedido de contraditório, e não de uma nota de repúdio, que contraria as boas práticas da imprensa, a respostas às denuncias apontadas serão publicadas, como direito de resposta. Reiteramos as questões nunca respondidas pela gestão de Szwarcwald:

1)– Extinção das Curadorias do MAM, como Artes Plásticas, Educativo, Design, Documentação e Cinemateca;

2) – Demissão de profissionais com mais de 20 anos de serviço ao Museu;

3) – Substituição de profissionais em regime CLT por outros em modelo PJ, o que rendeu um processo em andamento no Ministério Público do Trabalho;

4) – Gastos estimados em 50% do fundo constituído a partir da venda de um quadro de Jackson Pollock;

5) – Eliminação de receitas do Museu, como o aluguel do estacionamento e do restaurante L’Aguiole, menina dos olhos dos próprios Conselheiros do Museu e de autoridades estaduais e federais, que o admiravam pela qualidade e proximidade do Santos Dumont;

6) – Exposição pública dos problemas da instituição com a negociação do seguro;

7) – Incorporação à prestação de contas de ações da gestão administrativa anterior, como a transferência do acervo da Cinemateca para um novo endereço;

8) – Retirada dos filtros solares do salão de exposição, prejudicando a integridade das obras e desrespeitando um alerta do setor de museologia;

9) – Entrar em conflito com o Presidente do Conselho, Carlos Alberto Chateaubriand, sobre a relevância do acervo Gilberto Chateaubriand, o que resultou na retirada de parte importante da coleção do Museu;

10) – Contratar a peso de ouro pessoas de outro estado, e até de outro país, provocando insatisfação na classe artística local.

É importante registrar que o Correio da Manhã está aberto para que cada item seja rebatido. O MAM tem novamente o advogado Paulo Albert Weyland Vieira como diretor executivo e a sociedade espera que a soberba que marcou a gestão Szwarcwald, e manifestada no tom da risível “ nota de repúdio”, tenha sido exorcizada com a sua demissão.