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Coluna Magnavita: Quem não quer uma loja na Av. Atlântica por R$ 11 mil o metro quadrado? O estranho leilão no Imperator

MP de olho nos negócios mal explicados do Imperator na Avenida Atlântica

O coleguinha Ancelmo Gois atirou no que viu e acertou no que não viu. A nota sobre a briga do Condomínio Imperator e o uso da loja 1-A na Avenida Atlântica, esconde várias “coincidências” e um negócio nebuloso. A justiça estadual tem sido usada com instrumento para atender uma agenda que precisa ser explicada.

O imóvel, pivô da nota de Ancelmo, tem 209 m2 e é de frente para Av. Atlântica. Foi arrematado em leilão pelo empresário austríaco Martin Böhler (que mora na cobertura do Imperator) a um preço supreendentemente. Pagou apenas R$ 11.483,00 o m2, por uma loja de frente em uma das mais disputadas áreas da cidade.
nPor coincidência, a advogada do Mr. Böhler é a ex-sindica do Imperator, Kátia Cristina Cavalcante, que passou a advogar para o arrematante e também para condomínio, nesta questão do leilão, recebendo procuração da Estasa Empresa de Serviços Técnicos, assinada por Luiz Fernando Barreto Filho, que ela contratou na sua gestão.

A convenção do condomínio que impediria que o imóvel fosse usado para bares e restaurantes estava engavetada por sete anos e nunca foi registrada definitivamente, ou seja, a decisão da juíza Andrea de Almeida Quintela da Silva, que mandou fechar o bar, foi feita sobre um documento fantasma, que coincidentemente só foi desengavetado quando as obras da loja começaram. As assinaturas só foram levadas para reconhecimento no Cartório em 20 de outubro de 2020 e mesmo assim só 43 foram reconhecidas, bem menos dos dois terços exigidos para convenção de 1985 que está em vigor.

Estas coincidências estão acendendo os alertas tanto na Corregedoria do TJ como do Ministério Público. Ao usar o blog do Ancelmo em O Globo, os personagens atraíram uma atenção a este festival de coincidências que precisam ser explicadas.nPara um especialista em mercado imobiliário “o fantasma desta convenção acabou afastando compradores e fez o imóvel ser negociado na bacia das almas.” Nos corredores do prédio corre a lenda que as relações entre o Martin Böhler e sua advogada azedou e coincidiu com o exumação da convenção que nunca foi registrada.

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