Coluna Magnavita: Presidente se safou dos lobistas

Os mistérios da gestão da agenda presidencial continuam. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro participava de uma almoço/lobby com um punhado de empresários e uma plateia de figurantes, convidados 72 horas antes, para não deixarem as mesas vazias, era realizado no mesmo bairro, no Copacabana Palace, o almoço dos 60 anos da Associação Brasileira de Rádio e Televisão, reunindo os proprietários das maiores rádios e emissoras de televisão do Brasil, para o qual foi convidado e o seu pessoal não deu a menor bola.

Após a nota publicada na coluna, alertando para o movimento lobista que patrocinou o evento relâmpago na segunda (4) e decidido na sexta (1), o presidente Jair Bolsonaro se blindou. Exigiu que a sua mesa fosse formada só por mulheres empresárias, expurgando as companhias indesejáveis, que tinham pago para sentar ao seu lado. A fórmula deu certo e teve a sorte de ter a companhia de Dulce Pugliese (Rede Dasa) e Angela Costa, uma das poucas que atenderam o chamamento de afogadilho. Eram 80 pessoas, sendo 40 da comitiva presidencial.

A coluna apurou que os padrinhos do evento teriam sido o almirante Flávio Rocha e o novo ministro Célio Faria Jr (ex-responsável pela agenda) e, segundo a coluna Radar, da Veja, “já tem um dossiê para chamar de seu. Coisa Pesada”. O “Rei das Terceirizações Paulista”, o forasteiro Washington Cinel, que pagou a festa, ficou em segundo plano.