Coluna Magnavita: Candidato de Luiz Fux a desembargador é derrotado pelo escolhido de Flávio Bolsonaro

Coluna Magnavita: Candidato de Luiz Fux a desembargador é derrotado pelo escolhido de Flávio Bolsonaro 

Flávio, o Vitorioso

O único padrinho vitorioso nas quatro listas que foram votadas nesta segunda, 11, pelo TJRJ, para a formação da lista tríplice pelo quinto constitucional, foi o senador Flávio Bolsonaro. Seu candidato, Vitor Marcelo Aranha Afonso, teve 100 votos e ficou em 3° na lista decorrente da aposentadoria do desembargador Lindolpho Morais Marinho.

A mais votada desta lista foi Cláudia Franco Corrêa, com 109 votos. Em segundo, Fábio de Oliveira Azevedo, com 104 votos. Os dois entraram no 1° escrutínio e rezavam para que Vitor Marcelo ficasse fora. Ele conseguiu entrar no 3° escrutínio e deverá ser um dos nomes escolhidos pelo governador Cláudio Castro.

A derrota dos super padrinhos

Os principais padrinhos amargaram uma derrota coletiva com o fracasso dos seus protegidos. Uma atingiu, de uma só vez, o ministro Luiz Fux, o próprio presidente do TJ, Henrique Figueira, o governador Cláudio Castro e o Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos. 

Duelo Fux X Flávio Bolsonaro

O ministro Luiz Fux apostou em Paulo César Pinheiro Carneiro Filho (PCPC), que teve apenas 68 votos no primeiro escrutínio. No segundo, o duelo entre Flávio Bolsonaro e Fux. O candidato do senador, Vitor Marcelo, pulou para 86 votos e do ministro, obteve 76. Os dois ainda estavam abaixo dos 96 necessários. Na 3ª votação, Vitor teve 100 votos e PCPC caiu para 65. Quem escapou da saia justa foi o governador, que seria pressionado por Fux.

O que quis dizer o TJ?

Até o final da noite de segunda, 11, o mundo jurídico tentava decifrar o recado que o TJRJ enviou com a votação. O seu candidato declarado, Gustavo Horta, ficou fora da lista tríplice.

O governador Cláudio Castro assistiu o seu candidato, Diogo Mentor, ter pífios 31 votos. Uma aposta errada em um nome que não atendia os pré-requisitos para concorrer, e que quase foi barrado na OAB. O Procurador-Geral, Luciano Mattos, também assistiu a derrota de Emerson Garcia. Que recado foi enviado nesta votação?

Dalla, o mais votado

O professor Humberto Dalla Bernardina de Pinho foi o mais votado de todas as listas. Teve 133 votos já no primeiro escrutínio. O segundo mais votado geral foi Claudio Silva de Carvalho, com 116 votos. Dalla deverá ser o escolhido e chegará ao TJ reconhecido pelos seus pares, consolidando uma carreira de sucesso como acadêmico e como jurista. Será uma grande aquisição para a magistratura fluminense.

O candidato de Bandeira

Outro vitorioso foi Luciano Bandeira, presidente da OAB, que conseguiu emplacar o seu candidato, Eduardo Abreu Biondi, que teve 98 votos no primeiro escrutínio. E na lista que concorreu Gustavo Horta, a mais votada foi Danielle Machado Aguiar de Vasconcelos, filha do desembargador Edson Aguiar de Vasconcelos, 3° vice-presidente da Corte e nome forte para a sucessão de Henrique Figueira na presidência.