Será coincidência?
Mais combustível para a fogueira da polêmica compra milionária de óleo diesel para a frota de BRT realizada pela Mobi Rio, empresa pública da Prefeitura Municipal do Rio, que beneficiou a Petróleo Ipiranga.
Na ata do pregão, é possível perceber que a pregoeira da Prefeitura, Anna Paola B. Dantas, abriu prazo para um troca de certidões, já que a Ipiranga havia juntado uma certidão positiva de débito do CNPJ com que concorria. Com a benevolência da pregoeira, foi juntada uma certidão negativa de débitos, só que da matriz, e não da matrícula que concorria ao certame.
O caso chamou atenção e arrepiou os especialistas em pregão, principalmente por se tratar de uma compra que ultrapassa R$ 100 milhões anuais. No caso da Ipiranga, a pregoeira deveria ter sido mais cuidadosa, já que a Petróleo Ipiranga figura na linha 5.870 da prestação de contas da reeleição do prefeito Eduardo Paes, como doadora de R$ 100 mil reais para a campanha. Um vínculo indiscutível e que levou os inimigos políticos de Paes a questionarem o aparente favorecimento à petroleira doadora no milionário pregão do BRT.
