Coluna Magnavita: Ministro vítima de ataques de deputado do PSC é quem decidirá rito do impeachment de Witzel

O provável candidato do PSC à Prefeitura do Rio, o deputado Otoni de Paula sofreu um duro golpe. As suas postagens contra o ministro Alexandre de Moraes, que é chamado de “lixo”, “tirano” e “canalha”, foram tiradas do ar, por decisão da justiça paulista, na qual tramita na 44ª Vara Cível uma ação de danos morais.

A reaproximação de Otoni com a cúpula do PSC, especialmente como pastor Everaldo, e a sua possível indicação para concorrer à Prefeitura do Rio pela legenda, não poderia ter ocorrido em pior hora.

Nesta equação, incluiria também a utilização do deputado falastrão para reaproximar o governador Wilson Witzel, presidente de honra do PSC, com o presidente Jair Bolsonaro, do qual Otoni se considera amigo irmão.

A grande ironia do destino foi dada pela roleta de sorteio do STF. Caiu exatamente nas mãos de Moraes a relatoria do processo Witzel X Alerj.Na prática, o Ministro, que foi defenestrado em excesso pelo único deputado federal do PSC do Rio, é quem terá de decidir o rito do julgamento do impeachment da estrela maior do Partido Social Cristão. Aliás, a legenda nem puniu e nem censurou o seu deputado pelos seus ataques a Moraes.