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Coluna Magnavita: Resistência a “mea culpa”

Este novo capítulo da delação de Orlando Diniz chega no momento em que a entidade faz um esforço de marketing para limpar sua imagem. Só que usa as mesmas ferramentas e formas de lidar com a mídia que garantiram ao ex-presidente uma blindagem contra os malfeitos cometidos. 

Na gestão de Diniz, a Fecomércio ocupou os primeiros lugares do ranking de grandes anunciantes e patrocinadores do Rio.

As investigações revelaram a utilização das agências e dos contratos de patrocínio para desvios de grandes valores.

Em entrevista de uma página na edição dominical de O Dia, o diretor de Comunicação e Marketing do Sistema S da Fecomércio, Heber Moura, fala dos resultados dos projetos de marketing da instituição. Não diz uma linha sobre a intenção da instituição em fazer um “mea culpa” sobre os recentes desvios promovidos na gestão de Orlando Diniz.

Depois do desastre de Brumadinho, a Vale realiza um trabalho honesto de recuperação de imagem. Segue o mesmo exemplo a construtora Odebrecht, envolvida em um mar de lama semelhante ao que cercou a Fecomércio do Rio, que continua a agir como se lá nunca tivesse existido a figura de Orlando Diniz. Aliás, o atual presidente, Antônio Florêncio, era o vice do ex-presidente delator.

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