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Coluna Magnavita: A visita da maior autoridade do turismo mundial ao Rio e Brasília

Secretário-Geral da Organização Mundial de Turismo escolhe o Rio para sediar o escritório da OMT das Américas e aplaude a gestão do Mtur na pandemia em encontro com Bolsonaro

Por Cláudio Magnavita*

Na mesma semana em que o presidente Jair Bolsonaro recebeu as maiores lideranças do turismo brasileiro no Palácio do Planalto para um histórico evento de retomada da atividade, e, de forma objetiva, citar Angra dos Reis como um exemplo de potencial adormecido do Brasil, a região passou a ser o centro da atenção do turismo mundial.

Seis dias depois de Bolsonaro dizer que Angra poderia ser um maiores centros do turismo, sua tese foi endossada pela maior autoridade mundial do turismo, o embaixador Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ministro Marcelo Álvaro Antônio, como anfitrião de Zurab na sua primeira viagem ao Brasil, fez questão de incluir uma visita a Angra dos Reis, que ocorreu no domingo, 15 de novembro.

Pololikashvili, que desembarcou no Rio no sábado, em companhia da sua esposa Tamara, quis dar uma caminhada por Copacabana e ir à praia. Almoçou com alguns representantes do setor de turismo e, à noite, conheceu o Baixo Leblon.

Visitando o Paraíso

No domingo cedo, com um dia claro, a maior autoridade do turismo mundial decolou para Angra. No sobrevoo, o cenário cinematográfico do litoral fluminense deixou Zurab Pololikashvili extasiado com a beleza da paisagem.

O helicóptero fez um voo panorâmico entre as ilhas e a baía de Angra, arrancando aplausos do secretário-Geral da Organização Mundial de Turismo. Ao pousar, Zurab Pololikashvili exclamou: “É um dos lugares mais paradisíacos que já vi na minha vida. Não compreendo como o mundo ainda não descobriu o Brasil”.

Além das surpresas reservadas pelo ministro Marcelo Álvaro Antônio para o seu convidado especial, o sol resolveu aparecer, deixando o mar de Angra transparente, com uma beleza singular.

No passeio de barco entre as ilhas e um mergulho no mar, Pololikashvili decidiu mostrar o potencial da região ao mundo. Assumiu o compromisso com o secretário-Executivo do Ministério do Turismo, Daniel Nepomuceno, que acompanhava a comitiva, de realizar um evento da OMT em Angra, trazendo ministros de turismo de todo o mundo para conhecer, como ele classificou, “um dos lugares mais lindos do planeta”.

Em Angra, foram recebidos pelo grande incentivador do turismo náutico no país, Ernani Paciornik, editor da Revista Náutica. Responsável pelo Boat Show, ele é diretor da Associação Brasileira de Construtores de Embarções. Paciornik montou um roteiro mostrando os pontos mais pitorescos da baía de Angra.

Além do dia espetacular, aquele domingo, por ser eleitoral, tinha pouco movimento de barcos e o mar estava um espelho. Foi um dia perfeito, e as previsões do presidente Bolsonaro passaram a ter como aliado a maior autoridade do turismo mundial pela iniciativa do seu ministro de Turismo, que incluiu, com insistência, Angra no roteiro.

Zurab Pololikashvili, secretário geral da Organização Mundial de Turismo, com as secretárias de turismo do estado e da cidade do Rio, respectivamente Adriana Homem de Carvalho e Camila Souza

Agenda em Brasília

Já ontem, segunda-feira, em companhia do ministro Marcelo Álvaro Antônio, o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo visitou o Cristo Redentor, onde foi recebido pelo padre Omar, reitor do santuário.

Do Rio de Janeiro, Zurab Pololikashvili seguiu para Brasília, para ter um almoço com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e uma audiência com o presidente Bolsonaro.
Foi na audiência que Zurab Pololikashvili anunciou um dos fatos mais relevantes para a política externa brasileira: a decisão do organismo da ONU de instalar seu escritório para as Américas (que cuidará de todo o desenvolvimento e integração turística no continente) no Brasil, provavelmente, no Rio.

A escolha do Brasil, superando os Estados Unidos e México, representa um aval internacional à política de turismo que vem sendo desenvolvida pelo Governo Bolsonaro. O presidente é reconhecido como um dos poucos governantes a sempre citar o turismo nas suas falas, como fez em Davos, e os programas implantados pelo Ministério do Turismo, na gestão de Marcelo Álvaro, foram adotados por outros países, principalmente o socorro ao setor privado durante a pandemia.

O presidente Bolsonaro reafirmou o seu desejo de que o escritório das Américas seja no Rio e trocou ideias a respeito de sua visão sobre o turismo no Brasil.

Zurab elogiou o exemplo do presidente em apoiar o turismo e disse que o mundo precisa descobrir o Brasil, comentando que: “Seis milhões de turistas é um número pequeno para um país vocacionado para o nosso setor “.

O presidente da Embratur, Gilson Machado, entregou ao presidente e ao Secretário da OMT um diploma comemorativo do dia da Amazônia Azul.

Exemplo

A histórica solenidade de retomada da atividade turística realizada no Planalto no último dia 10 não teve por parte da imprensa uma precisa abordagem. Estavam ali mais de 30 entidades dos setores produtivos do turismo, agradecendo ao presidente o apoio que sempre foi dado ao turismo e mostrando que estão juntos para a retomada.

Na mesma semana, o Brasil recebe o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, Zurab Pololikashvili, visitando o nosso país e mostrando ao mundo que as medidas que adotamos, como o selo de segurança dos equipamentos do turismo, nos habilita exatamente à retomada internacional. Ao visitar o Rio e Brasília , seguindo para Trancoso, ele reafirma que o Brasil está pronto para ser inserido no turismo internacional.

Quem é Zurab Pololikashvili

Nascido na Geórgia, ele tem 43 anos e é economista. Foi vice-ministro das Relações Exteriores e Embaixador na Espanha (a sede da OMT é em Madri), ministro de Desenvolvimento Econômico é o representante da Geórgia junto a Organização Mundial de Turismo (OMT). Foi eleito secretário geral em 2017 e empossado em 2018. A crise do Covid-19 afetou o setor e a sua aproximação com o Brasil ocorre após o governo brasileiro adotar várias medidas de combate à pandemia. Este relacionamento é um aval de um importante organismo da ONU às medidas adotadas pelo governo Bolsonaro e a gestão do ministro Marcelo Álvaro Antônio e sua equipe.

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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