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Coluna Magnavita: Guaraná embola a sucessão no Tribunal de Contas do Município

O passado (quase) condena

A sucessão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) está pegando fogo. O conselheiro Luiz Guaraná passou o ano dizendo que não seria candidato. Agora, sonha de olhos abertos com a cadeira.

Seu histórico está sendo remexido, inclusive o fato de ter sido secretário de Obras e com Alexandre Pinto como seu sub. Sua saída da pasta levou o “enrolado moço” a virar titular e protagonizar o maior escândalo da administração municipal.

O protagonismo de Guaraná pode custar caro a seu padrinho Eduardo Paes, que enfrenta as urnas quatro dias antes da eleição do TCM.

O vice assume

Aliás, a eleição do TCM tem algumas curiosidades. O que está em jogo no próximo dia 2 de dezembro é a cadeira de vice-presidente. Por consenso, deverá ser eleito, ou melhor, reeleito, Thiers Montebello, que cairá na compulsória em abril, deixando a cadeira que ocupa há exatos 20 anos.

Só aí o vice, ungindo no dia 2 de dezembro, assumirá o comando da Casa, depois de um ritual de grandes despedidas a Thiers.

Adversário sai antes

O atual presidente conseguiu essa longevidade por sua habilidade e educação com os colegas. Na história, só teve um desafeto assumido, o conselheiro José Moraes.

Os últimos sessenta dias de Thiers à frente do TCM serão bem tranquilos, já que Moraes cai na compulsória dois meses antes. Dessa forma, nas festas de despedida não haverá ninguém fazendo cara feia.

STF vai decidir?

No entanto, o conselheiro José Moraes quer estragar a festa. Corre no STF processo contra a possibilidade de reeleição do atual presidente do TCM.

O caso está com a Ministra Rosa Weber. Existe parecer favorável à tese que proíbe a reeleição da antiga procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Se não for julgado até o dia 2, será inócuo, e, em abril, com a aposentadoria de Montebello, perde objeto.

A história se repete

Antes do PEC da Bengala, tanto os conselheiros José Moraes e Thiers Montebello deixariam o TCM há cinco anos. E a história do mandato tampão se repete.

José Moraes queria terminar sua história do TCM como presidente. Ficaria apenas três meses, porém, Thiers não abriu não da reeleição. Com o aumento da idade limite para 75 anos, a linha do tempo andou e os dois passaram a viver um antagonismo que dura meia década. É neste saco de gatos que o neófito Luiz Guaraná quer se meter.

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