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Coluna Magnavita: A César o que é do Altineu

O que aconteceu nesta sexta, 27, desafia qualquer lógica da boa política. Após o Correio da Manhã alertar sobre a existência de um Projeto de Lei do ex-prefeito e vereador César Maia de reajustar em 70% as remunerações dos futuros prefeito e vice-prefeito do Rio, o assunto viralizou e causou uma indignação geral.

Se imprensa não tivesse ligado o ventilador, essa imoralidade, que aumentava o salário do próximo alcaide de R$ 20 mil para R$ 35 mil, teria passado batida e, na certa, seria aprovada. Esqueceram que jornalistas leem o Diário Oficial, e que o ato e a sua justificativa foram publicados em uma sexta, quando as atenções estariam voltadas para a ruas.

Eduardo Paes foi rápido. Afirmou, que, eleito, não iria sancionar a proposta, seguindo exemplo do próprio ex-prefeito Cesar Maia, que vetou projeto similar ao que agora apresentou como autor. Horas depois que o assunto levantado pelo Correio viralizou, o próprio vereador fez um requerimento pedindo o arquivamento definitivo do indecoroso projeto. Foi atendido, de forma imediata, pelo presidente da Câmara, Jorge Felippe, em uma operação “abafa”.

O estrago, porém, estava feito. Ficava difícil imaginar que uma das estrelas do DEM, o mesmo partido de Paes, fizesse isso sem uma velada anuência de várias partes. Dar um super aumento em plena pandemia e no meio de uma crise econômica planetária é uma insensatez.

A reação da imprensa serve como exemplo de que, se eleito domingo, Eduardo Paes não será um gestor que tudo pode e tudo quer. Como candidato, virou vitrine.

Passou o debate nas cordas e não respondeu a nenhuma das acusações de Crivella, nem defendeu o seu vice na chapa, apontado pelo opositor como o grande perigo desta eleição. Se algo acontecer a Eduardo, estaremos nas mãos do misterioso Nilton Caldeira, de uma turma que tem como capo Altineu Côrtes, defenestrado há pouco do Estado, no processo de dedetização de malfeitos.

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