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Ato de Paes com Maia irritou o Planalto

Depois de passar anos fugindo de ser “pau mandado” do governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes acabou cedendo ao deputado Rodrigo Maia: foi o anfitrião de evento realizado em prédio público (o Palácio da Cidade) para um ato político partidário em apoio à candidatura de Baleia Rossi à Câmara Federal.

No ato, ao lado de Paes, Maia destilou suas críticas, cada vez mais vorazes, contra o presidente Jair Bolsonaro. Tudo isso em um ambiente oficial, ao lado de uma dúzia de deputados federais.

O prefeito comete o mesmo erro do governador Cláudio Castro, que também abriu um prédio público, no caso, o Palácio Guanabara, para um ato de apoio ao candidato Arthur Lira.
Tanto o Estado quanto o Município deveriam procurar cenários neutros para os eventos. A turma de Lira pelo menos deixou os discursos e ataques para a Churrascaria Assador, no Aterro, enfeitada com painéis e bandeiras.

O caso de Paes/Rodrigo Maia levantou a fervura do Palácio do Planalto e o prefeito acabou avalizando, como anfitrião, os ataques contra Bolsonaro.
Para a falida Prefeitura do Rio, protagonizar um ato que causa desconforto ao presidente da República é de uma burrice política assustadora. Paes depende do apoio financeiro de Bolsonaro.

O prefeito Eduardo Paes também exonerou temporariamente dois secretários, Pedro Paulo e Marcelo Calero, para votarem em Baleia Rossi em Brasília, fato que faz parte do jogo. Porém, o ato ao lado de Maia é que doeu nos fígados palacianos em Brasília.

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