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Coluna Magnavita: Setur ignora pareceres técnicos para retomar o Lagoon

Há algo de muito estranho na tentativa do secretário de Turismo do Estado, Gustavo Tutuca, em assumir o complexo de diversão do Lagoon e o estádio de Remo. O governo é um só, e uma outra secretaria, a de Esportes (a quem pertencia o equipamento esportivo) já havia minutado a renovação, com parecer técnico e da PGE favorável ao aumento do prazo da concessão.

A concessionária Glem Participação Imobiliária já havia passado os dados para a minuta de renovação. A justificativa era baseada em motivos previstos no contrato original. A empresa perdeu a soberania do empreendimento nos eventos testes da Olimpíada e durante os jogos. Foram quase 18 meses em desequilíbrio financeiro.

A prorrogação estava na reta final, com o estado reconhecendo o desequilíbrio financeiro incontroverso de R$ 16 milhões, sem incluir o período de pandemia, quando houve a súbita mudança de rumo pela nomeação do deputado Gustavo Tutuca para o primeiro escalão do Governo Castro.

Em apenas uma semana, o equipamento esportivo migra para o Turismo e o concessionário é notificado de que deverá sair. Tudo de forma sumária. O Estado perderá uma receita mensal de R$ 300 mil e vai virar administrador de shopping. Esta semana, um suplente de vereador já esteve no local escolhendo onde vai instalar seu futuro negócio.

O que assusta, além da falta de um projeto do Estado para o equipamento, é ignorar todos os pareceres emitidos pela área técnica e jurídica de um mesmo governo.

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