Em Brasília, principalmente nos meios jurídicos, a prisão do ex-prefeito Marcelo Crivella atingiu seu objetivo maior.
Falar em obstrução de provas ou em pagamentos de última hora é pífio. Faltava uma semana para o fim do mandato, com dois feriados no meio.
O efeito mais nefasto foi afastá-lo de um ministério. Sua liberdade ocorreu exatamente na semana que o seu partido, o Republicanos, assumiu o comando da pasta da Cidadania, para a qual ele estava cotado.
É fato que Marcelo Crivella saiu das urnas maior do que entrou na eleição. Chegou a um segundo turno, quando isso era considerado impossível.
Teve apoio firme do presidente Bolsonaro e, como ministro da Cidadania, chegaria a 2022 como forte candidato ao Governo ou ao Senado.