Coluna Magnavita: Clube ou gangue do Charuto no Palácio Guanabara?

Turma do Charuto-I 

Começa a ficar claro que a famosa Turma do Charuto que frequentava o Palácio Guanabara – e, algumas vezes, o Laranjeiras – era muito mais do que uma confraria de poderosos.

A prisão de uma só vez de quatro desembargadores da Justiça do Trabalho e de Marcos Pinto Cruz é o primeiro passo de um pente fino que está sendo feito, sem piedade, nos nomes que frequentavam esses encontros regados a vinhos caríssimos e charutos puro havana.

Os nomes estão todos registrados nos acessos aos dois palácios.

Turma do Charuto-II

Quando o noticiário falou em prisões de desembargadores da Justiça do Trabalho e sobre uma operação envolvendo advogados e organizações sociais ligados à saúde, todo mundo esperava que surgisse o nome de Antônio Vanderler de Lima, um dos frequentadores do Clube do Charuto.

Apesar da amizade com os desembargadores presos e de atuar na área trabalhista, Vanderler é um dos nomes mais impolutos da advocacia fluminense.

Embora tenha passado incólume no casa da Unir Saúde (que tem o seu filho homônimo como advogado) e sido um dos maiores doadores individuais da campanha de Wilson Witzel, Vanderler é totalmente blindado. Se algo lhe acontecer, o Poder Judiciário, tanto no Rio quanto em Brasília, passa por um terremoto, com tremores até na justiça desportiva.