Por:

Coluna Magnavita: Pinga-Fogo: Refit quer manter privilégios da recuperação judicial e avisa investidores

A Refit/Refinaria de Manguinhos comunicou ao mercado sua disposição de brigar pela continuidade da sua recuperação judicial, apesar da decisão da 5ª Vara Empresarial do Rio de suspendê-la. Alega que a proteção da RJ é essencial para vencer os desafios da pandemia de covid-19.

É mais um paradoxo da empresa e de seu controlador Ricardo Magro com o governo fluminense, com o mercado e seus acionistas. A recuperação judicial se arrasta desde 2013 e nesse período a empresa multiplicou sua dívida bilionária e impagável de ICMS, ganhou mercado vendendo combustível mais barato que os concorrentes, por não recolher os tributos, e canalizou o dinheiro da companhia para favorecer os negócios da família Magro, prejudicando os acionistas minoritários.

O que justifica a manutenção da recuperação judicial de uma empresa que gasta milhões de reais anualmente com publicidade, sendo que ela tem somente dois clientes? Apenas no carnaval de 2020 foram R$ 20,5 milhões para o governo Witzel garantir a farra na Sapucaí. O que justifica a recuperação judicial de uma empresa que, segundo seu próprio balanço, dá quase R$1 bilhão (bilhão e não milhão) de crédito para seus dois clientes, sendo que esses clientes pertencem ao seu próprio controlador?

A CVM deveria intervir em favor dos acionistas minoritários. A longevidade dessa operação que fez bilionário às custas do Tesouro fluminense é lamentável.

Falando em Refit, Ruan Lira, o secretário que virou sub e agora assessor do governo fluminense foi o arquiteto do patrocínio carnavalesco da empresa, a segunda maior devedora do estado. Um valor milionário que deveria estar na mira do MPRJ, até porque parte foi usada para custear o supercamarote da Sapucaí regado a uísque 12 anos e buffet de luxo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.