Em primeira mão: Governador Castro convoca empresários para reunião às 17 horas no Laranjeiras

Por Cláudio Magnavita*

O Governador Cláudio Castro comanda neste sábado, 20 de março, às 17 horas, no anexo do Palácio das Laranjeira , reunião com as lideranças empresariais do Rio para afinar algumas novas medidas e compartilhar algumas ações que estão sendo adotadas pela sua administração.

Participarão também  da reunião as  entidades que reúnem os hospitais privados do Rio, já que estão sendo adquiridas vagas na rede particular para incluir na regulação pública de pacientes do SUS.

Algumas sugestões apresentadas pelo presidente da Fecomércio, Antonio Queiróz - que coordena hoje a convocação dos dirigentes empresariais - serão adotadas pelo Governador Castro.

Rede Federal de Hospitais 

O Governador abriu uma conversa com o Ministério da Saúde, ontem (19/03),para otimizar a utilização dos leitos ociosos das UTIs da rede federal no Rio, que é a maior do país, herança da antiga capital federal.

Hoje, a falta de médico intensivistas é o maior obstáculo que a União enfrente para operar plenamente os leitos de UTIs existente.

 

Conheça as propostas da Fecomércio:

 

“Após um recente período onde o comércio de bens, serviços e turismo esteve fechado por mais de 100 dias, é com grande preocupação que o setor vê a possibilidade de um novo lockdown. Dados obtidos pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio RJ (Ifec RJ) apontam que o setor não suporta um novo fechamento.

Assim, buscando corroborar com as medidas de enfrentamento e combate ao coronavírus, a Fecomércio RJ, em nome do setor, defende a adoção de medidas que garantam a saúde, sem, entretanto, inviabilizar as empresas e causar prejuízo à renda da população.

Dessa forma, sugerimos, antes da implementação de medidas extremas que não resguardem o sustento de trabalhadores e empresários, um controle sanitário ainda mais rígido, que garanta o exercício da atividade econômica, sem prejuízo à saúde pública.

Nesse sentido, vislumbramos a criação de protocolos sanitários mais rigorosos, dentre os quais destacamos: (i) maior distanciamento entre os indivíduos; (ii) limitação da capacidade de acesso aos estabelecimentos; (iii) rodízio de empregados; (iv) realização de controle de entrada e saída de pessoas nos estabelecimentos; (v) escalonamento dos horários de entrada e saída dos trabalhadores dos setores produtivos, além, por evidente, dos protocolos já existentes.A implementação de uma medida extrema como o lockdown de forma isolada não se afigura como suficiente para conter a contaminação da doença.Quais as medidas a serem efetivamente implementadas no combate à Covid-19 durante o período de restrição máxima, a fim de evitar outros fechamentos e garantir segurança no dia a dia da população?

Serão abertos novos leitos para atendimento dos infectados? Será aumentada a capacidade de vacinação da população?

Por outro lado, temos a certeza de que uma medida como essa deve estar atrelada à outras que visem garantir a economia como um todo, ou seja, o pagamento de salários, a sobrevivência das empresas e a arrecadação.Para tanto, se fazem necessários:·     a proibição do corte dos serviços essenciais como energia, água e gás;·     suspensão e postergação do pagamento de impostos (federal, estadual e municipal);  auxílio para pagamento de folha salarial;autorização para comunicação de férias com 48 horas de antecedência; possibilidade de suspensão e redução da jornada de trabalho; acesso facilitado à linha de crédito - com carência para início de pagamento e parcelamento com isenção de juros e correção monetária;  suspensão da negativação nos cadastros restritivos de crédito; suspensão dos protestos de títulos de dívidas adquiridas durante a pandemia;   redução dos impostos relativos aos produtos da cesta básica; suspensão da cobrança dos empréstimos contraídos pelas linhas disponibilizadas durante a pandemia.

A Fecomércio RJ permanece à disposição das autoridades públicas para contribuir na construção de medidas de enfrentamento que possam atenuar o aumento do contágio do coronavírus,  garantindo a subsistência de todos.”

*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã