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Coluna Magnavita: Jantar de Paes e Castro abaixa a fervura política e cria agenda positiva

Coluna Magnavita: Jantar de Paes e Castro abaixa a fervura política e cria agenda positiva

Encontro foi realizado na Gávea Pequena 

Por Cláudio Magnavita* 

Um jantar reuniu nesta quinta, 13 de maio, na Gávea Pequena, o prefeito Eduardo Paes e o governador Cláudio Castro. Com a presença de poucas pessoas, o clima foi de absoluta cordialidade e descontração.

O evento serviu para baixar a fervura política, com a agenda focada na retomada econômica e na recuperação da cidade e do estado do Rio.

No passado, há exemplos nefastos para a população do clima de antagonismo entre o governo do estado e a prefeitura da capital.

O encontro foi bem fechado. Nada do que foi falado vazou em detalhes para a imprensa. Além do prefeito e do governador, participaram o deputado e secretário Pedro Paulo, o secretário-chefe da Casa Civil do estado, Nicola Miccione e o chefe de gabinete do governador, Rodrigo Abel, que já fez parte da equipe de Paes e sempre defendeu o entendimento entre os dois políticos.

Como protagonista do leilão da Cedae, que injetará nos cofres da Prefeitura mais de R$ 5 bilhões, ajudando a resolver parte da crise do município, Miccione foi muito parabenizado pelo prefeito e governador.

A temperatura de inverno, ampliado pelo microclima da Gávea – alguns graus mais frios – e a cordialidade em torno da informalidade de um churrasco tipicamente gaúcho, serviu para descontrair e aproximar ainda mais os interlocutores, superando as rusgas e estabelecendo um cenário promissor. É uma nova etapa da relação entre o prefeito da capital e o governador do estado, definitivamente no cargo.

A questão do PSD é página virada, pela necessidade de Eduardo Paes ser o dono de sua própria legenda – um velho desejo – e de ter liberdade para navegar mais à esquerda. Na Bahia, terra de ACM Neto, a aliança PSD e PT é inevitável, com o senador Otto Alencar, do novo partido de Paes. Esta conjunção baiana reflete na posição nacional do DEM de ficar mais à direita.

A sucessão nacional foi um tema evitado no jantar, focando apenas na necessidade da união de esforços para enfrentar os graves problemas que o estado e a sua capital enfrentam.

Para um dos mais importantes líderes empresariais do Rio, “este entendimento entre prefeito e governador é algo que traz resultados positivos imediatos. Estávamos muito desconfortáveis com a rusga instalada entre os dois”.

* Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã 

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