Coluna Magnavita: Quer saber primeiro sobre o Pegasus?



Quer saber primeiro? Leia o Correio da Manhã...O slogan do nosso jornal nunca esteve tão atual: os leitores da coluna, souberam em junho de 2020 a existência do Pegasus, a ferramenta israelense utilizada por setores de inteligência para devastar a privacidade do WhatsApp, e que agora tem ocupado o noticiário internacional por infectar o celular de centenas de jornalistas. Além da ABIN, o Pegasus foi comprado por mais dois estados. Era o objeto do desejo da turma da Lava-Jato e da turma da Marinha que comandou o GSI do Rio em 2019.    

Em julho de 2020 publicamos a seguinte nota sobre o Pegasus:

O Pegasus pega tudo

Um programa espião tem tirado o sono de muita gente e terminou com a tranquilidade de achar que falar no WhatsApp é totalmente seguro. Trata-se do Pegasus, programa de spyware desenvolvido pela empresa israelense NOS Group.

Não custa barato. A sua versão completa chega a US$ 10 milhões, ou R$ 54 milhões. O Pegasus é um malware modular. Depois de verificar por completo o dispositivo da vítima, instala os módulos necessários para leitura de mensagem, e-mails, captura de tela, ouvir ligações, registrar teclas pressionadas, acessar histórico de navegação, contatos. Ele desnuda a vida do usuário.

Sem segredos

O poderoso Pegasus entra no seu aparelho após você clicar em alguma mensagem do seu interesse, que é enviado pelo operador, após identificar preferências e hábitos de consumos através de outras fontes. Outra forma é por proximidade, dentro de um raio de até 5 metros, quando o programa espião consegue pular para o seu celular.

Além de funcionar para aparelhos IOS da Apple ele também opera em sistemas Android, lançando mão de um método de rooting chamado Framaroot. Trata-se de um ataque de espionagem direcionada sem precedentes. O maior número de celulares infectados está em Israel, Georgia, México e agora no Brasil.

Pegasus no Brasil?

O uso do Pegasus serve apenas como instrumento de inteligência e espionagem, já que o seu uso não pode gerar provas para nenhuma ação judicial. Ele funciona na banda da ilegalidade e, pelo seu custo, o seu uso fica acessível somente para os órgãos de inteligência.

O sistema foi oferecido ao Governo do Rio, ao de São Paulo e à Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, que hipoteticamente seria o único cliente no Brasil. O seu uso é o sonho de consumo de qualquer grupo de inteligência.