Coluna Magnavita: Pinga-Fogo: $em gratidão: empresa de ex-secretário faz de Crivella réu em cobrança

Pegou mal a revelação que o ex-secretário da Seop, Gutemberg Fonseca, processou seu ex-chefe, o ex-prefeito Marcelo Crivella por serviços prestados pela sua produtora de vídeo na campanha de reeleição de 2020.

É um direito cobrar na justiça por um serviço não pago, só que, nesse caso, há nuances delicadas envolvidas. Não só o partido foi processado, mas o próprio candidato, em seu CPF, virou réu.

Um registro do caso foi publicado na edição de quinta, 26/08, do Correio da Manhã, ao mencionar a tentativa do ex-secretário de retornar ao governo do Estado, inventando uma esdrúxula pasta que uniria esportes e relações institucionais. Gutemberg ligou para a coluna informando que o processo é movido por sua esposa, dona da produtora e que ele “nada teria a ver com o fato.”

No processo, porém, está anexado o contrato social da empresa Studio One, CNPJ 08727061/0001-67; nele, o ex-secretário figura como sócio. Ou seja, a gestão é de sua esposa, de quem o próprio Gutemberg é o único sócio. A alteração do contrato social é de janeiro de 2018, quando ele assumiu a Secretaria de Governo da administração Witzel.

A notícia causou surpresa no meio político por seu ineditismo: o ocupante de um cargo do primeiro escalão processar a pessoa física do seu chefe.

No fechamento da coluna, chegou uma informação capaz de alimentar ainda mais esse cenário: o advogado da Studio One pediu o arresto das contas bancárias do ex-prefeito Marcelo Crivella.

Depois de tentar retornar para a Segov, ocupada hoje pelo deputado Rodrigo Bacelar, ele pode ser nomeado para a Secretaria de Esportes, no lugar de Leandro Alves, dependendo de uma sinalização definitiva do senador Flavio Bolsonaro.