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Rocinante mostra seus quixotes

Por: Affonso Nunes

Montado em seu cavalo Rocinante, Dom Quixote correu mundo lutando por seus ideais e utopias. Das páginas de Cervantes para o Brasil do século 21, Rocinante carrega em seu dorso os sonhos e projetos de grandes artistas brasileiros e dá nome a uma das mais novas gravadoras do mercado. A pandemia deu uma pausa em seus projetos de expansão, mas a inquietude continua. Neste sábado (30), das 16h às 22h, será realizada a segunda edição do festival Rocinante no Estábulo. Ao todo, 12 artistas do selo farão, nos seus perfis no Instagram, um recorte dos seus discos lançados ou por lançar.

“Depois que o mundo mudou, me sinto peixe 'dendágua' participando desse evento que junta gerações e quer ir até o final sem deixar perder nenhum elo da corrente brasileira de música”, se alegra o mineiro Nelson Angelo, que vai abrir o festival às 16h. Aliás, esta será a primeira live do autor de "Canoa, Canoa" (com Fernando Brant), sucesso do Clube da Esquina.

Em seguida, às 16h30, Sylvio Fraga assumirá o microfone para mostrar faixas do seu álbum “Canção da Cabra”, gravado em parceria com Letieres Leite, e inéditas que ele já vinha tocando pelos palcos “Vamos aproveitar a tecnologia para continuarmos levando música ao nosso público. É algum alento, em tempos de vírus e ameaças à democracia”, avisa.

O baiano Luizinho do Jêje mostrará a sua potência percussiva às 17h. Integrante da Rumpilezz, tocará músicas de seu grupo autoral Aguidavi do Jêje, que sairá em breve. A carioca Ilessi vai soltar o gogó às 17h30. No roteiro, músicas de “Mundo Afora: Meada” e dos dois próximos álbuns, que já começou a gravar.

Já o guitarrista e compositor carioca Bernardo Ramos tocará alguns temas com clima cinematográfico do seu álbum “Cangaço” às 18h, antes do compositor e arranjador mineiro Rafael Macedo misturar, às 18h30, faixas do seu “Microarquiteturas” com alguns clássicos que ele adora cantar com os amigos.

Às 19h, será a vez do baiano Letieres Leite fazer ao vivo músicas do recente “O Enigma Lexeu”, o primeiro álbum com o seu quinteto. Em breve, o maestro lançará um disco de releituras do monumental “Coisas” (1965, de Moacir Santos), que prepara com a Orkestra Rumpilezz. Às 19h30, será a vez de assistir à live do pianista Marcelo Galter, baiano integrante do quinteto de Letieres.

Jards Macalé vai cantar às 20h. Não anunciou repertório, mas deve mostrar alguns sambas de Zé Kéti que gravou recentemente, em Nova York, com o percussionista carioca Sérgio Krakovski, responsável pela live das 20h30.

Paulista radicada no Rio, a pianista Erika Ribeiro foi uma surpresa para muitos na estreia do Rocinante no Estábulo e fará o penúltimo show desta segunda edição, às 21h. Para encerrar o dia de shows virtuais em grande estilo, o compositor Thiago Amud entrará em cena às 21h30. No roteiro, músicas de “O Cinema que o Sol Não Apaga” e inéditas deste parceiro de Guinga e Francis Hime.

Foto: José de Holanda/Divulgação

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