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Frigorífico Minerva fecha parceria com empresa chinesa

Por Raquel Landim (Folhapress)

O frigorífico Minerva vai se tornar sócio da empresa chinesa JoeyFoods para distribuir carne bovina diretamente no gigante asiático.

O surgimento da "joint venture", da qual a Minerva terá 51%, será formalizado nesta quinta-feira (24) durante a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à China.

É a primeira vez que uma empresa brasileira atuará na distribuição de carne bovina na China. O Minerva é o terceiro maior frigorífico brasileiro, depois de JBS e Marfrig.

Segundo o diretor financeiro Edison Ticle, o objetivo da companhia, que já exporta para o país, é se apropriar da margem de lucro do negócio da distribuição, que pode chegar a 10%.

No Brasil, varia de 3% a 5%.

Por causa da peste suína, que dizimou 40% do rebanho de porcos chinês, os preços de todas as carnes -bovina, frango e suína- estão batendo recordes na China. Desde o início do ano, a alta chega a 30% na carne bovina.

"Com o aumento da renda e a ocidentalização dos hábitos, os chineses estão consumindo cada vez mais carne bovina. A peste suína só acelerou esse processo", diz Fernando Queiroz, presidente do Minerva.

O investimento do Minerva no negócio é baixo -cerca de US$ 7 milhões para capital giro- e o principal foco é aprender com o parceiro o "know how" de como operar no mercado chinês.

As empresas brasileiras têm bastante dificuldade de atuar na China por causa do idioma, da expressiva participação de estatais e da exigência de sócio local em alguns setores. No início do mês, a China comemorou 70 anos da revolução comunista.

A Embraer, por exemplo, chegou a ter uma fábrica de jatos em Harbin, no norte do país, em conjunto com um parceiro chinês. Mas acabou desistindo do negócio e fechou a unidade.

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