Comércio segue em alta

O comércio manteve em agosto o vigor registrado nos meses anteriores, e fechou com alta de 3,4%. O indicador, que já havia retomado em julho as perdas da pandemia, vem se recuperando à medida que são eliminadas as restrições à abertura de lojas no país, segundo o IBGE. Mesmo assim, no acumulado do ano, registra queda de 0,9%.

Em abril, primeiro mês que começou e terminou com medidas de distanciamento social em todo o país, o comércio havia despencado 16,8% diante dos impactos da pandemia. Depois, com as medidas de flexibilização, começou-se uma trajetória positiva. Tanto que, no acumulado de 12 meses, a alta registrada é de 0,5%.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o comércio já está acima do patamar de fevereiro, superando as perdas da pandemia.

“O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes”, disse Cristiano.

O maior crescimento foi do setor de tecidos, vestuários e calçados, com alta de 30,5%. Também mostraram índice positivo os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).

A Matrix Intercom, empresa de importação e exportação de roupas e utensílios do lar, registra rápida recuperação e prevê crescimento de 30% para 2020.

Os empresários Leandro e Leonardo de Almeida Martins destacam que a reabertura foi fundamental para a recuperação.

“Como diminuiu o número de importadores, quem ficou vai absorver a demanda e crescer bem. Notamos também que o mercado está reaquecendo, pois voltamos a receber pedidos”, destacam os dois.