Os negacionistas da verdade

Os negacionistas da verdade

Por Cláudio Magnavita*

A realidade é o melhor antídoto para o mau jornalismo. O Brasil foi confirmado como a próxima sede do G20 em 2024, agora, em Roma. A escolha foi em 2020, na Arábia Saudita, já no governo do Presidente Jair Bolsonaro. Vão escolher a cidade, e todos torcem para que seja o Rio de Janeiro. Nenhuma outra possui uma estrutura para receber os líderes mundiais. Aliás, temos esta tradição. O presidente deve isso a cidade que é o seu berço eleitoral e que tem no estado um governador que é seu aliado.

Horas antes a imprensa dizia que o presidente estava isolado e só conversa com garçons. A verdade é que esse presidente “isolado” comanda o país que será o anfitrião, uma conquista da diplomacia brasileira. O embaixador Carlos Alberto Franco França tem tido mais problemas com a imagem que os veículos brasileiros geram para fora e que alimentam uma agenda contra o Brasil do que com os adversários externos.

O presidente acertou ao colocar no Itamaraty um embaixador discreto, um diplomata que o conhece pelo tom da voz, com uma enorme proximidade. Todo o Itamaraty reconhece a liderança do chanceler, a sua parcimônia e alergia aos holofotes, bem diferente do seu antecessor que cumpriu um papel pontual de ruptura que não precisa existir. A Casa de Rio Branco foi moldada para servir o país e aos seus governantes. Aliás, eles passam e o Itamaraty fica. É uma política de estado e não podia ser contaminada por uma política de governo ou até ideológica, como ocorreu, e o rumo foi corrigido.

Este presidente isolado e que conversa com os mais humildes, até em uma recepção do G20 é um homem que presta atenção aos invisíveis. Sua conexão com os mais simples é imediata e verdadeira. Ele não faz gênero e é capaz de conversar com Angela Merkel e ao mesmo tempo com um popular na rua. Talvez Getúlio e o próprio Lula tivessem esta capacidade.

A falta de visão nacional e amor aos valores da pátria colocam parte da nossa mídia a serviço daqueles que querem defenestrar o presidente e não aceitam as urnas soberanas. Talvez seja o chefe de estado que pouco tenha mudado ao chegar ao poder. Continua gostando de pastel e de cervejinha. Neste quesito ele ganha de Lula, que passou a gostar de vinhos milionários, pagos por corruptos que lhe davam, horas depois o  xixi mais caro do mundo.

Temos hoje uma mídia assumidamente negacionista. Negam as coisas boas que são feitas e estão livres para falar o que queiram. A exemplo de Bolsonaro, que será julgado pelas urnas em 2022, caso concorra, esses veículos, que dependem de audiência, estão despencando. O julgamento do mau  jornalismo já começou a ser feito.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã