Um cenário mais à direita

Um cenário mais à direita

Castro: Pé no 2° turno com a chegada da União Brasil

Por Cláudio Magnavita*

Em 14 de outubro, a coluna Magnavita publicava nota sobre a ida do presidente Jair Bolsonaro para o PL. Uma decisão que sepulta definitivamente o sonho do Patriota, uma legenda que tinha tudo para ser exclusivamente do presidente e que foi tragada por uma briga interna.

O reflexo imediato é deixar o presidente mais competitivo. Se concorrer à reeleição vai precisar de tempo no horário gratuito de televisão. No Rio, a saia justa fica na tentativa de uma chapa de consenso que teria a bordo um candidato do Senado do PT, André Ceciliano. Fica difícil o PL e o seu candidato a governador continuarem no muro. Aliança com o PT, ou um Castro/Lula vira um sonho impossível. O presidente joga o partido para a direita, e bem à direita.

A decisão ficará com o centro e o eleitor mais moderado, que deve agora ser conquistado pelas alianças firmadas regionalmente. O PSD estará mais à esquerda. A luta será conquistar o centro. Entra aí a importância do União Brasil. Ciscar à esquerda vira missão impossível. A aposta é no racha do PT e PSB, principalmente depois da traição de Marcelo Freixo na PEC da vingança. A escolha do vice do Castro nunca foi tão crucial neste novo cenário.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã