Natal Imperial ficou Claro

Natal Imperial ficou Claro  

Por Cláudio Magnavita*

Penedo, no interior, está totalmente iluminada e já vive o clima de Natal. No Sul, Gramado é só festa natalina. Os shoppings já respiram o período de Papai Noel com suas luzes, decoração e super árvores. Tudo isso se reverte em turismo promovido, clima de harmonia e compras. O Natal chegou.

A 70 quilômetros do Rio, a cidade que realizou nos últimos anos o melhor Natal fluminense não tem uma só lâmpada natalina montada. O Natal Imperial de Petrópolis, que já ocupava o imaginário popular e dos turistas, ainda não saiu do papel. Só no dia 22 de novembro é que haverá uma coletiva para anunciar uma programação.

Quem salvou a situação foi o Estado do Rio, que conseguiu o apoio da Claro, através da Lei do ICMS. Tudo para salvar um evento que, deveria ter sido planejado há mais tempo.

A grande questão é se a festa fica restrita aos petropolitanos ou deve atrair turistas? Quando assumiu o governo, o atual prefeito e o secretário de Turismo sabiam que o Natal seria no dia 25 de dezembro. A Fecomercio merece aplauso por ajudar integrar o Quitandinha e o Senac nos festejos. É o único lampejo oriundo da iniciativa privada. O atraso causará prejuízo para a hotelaria, que perde três semanas de faturamento. O turismo está retornando com força no pós-pandemia. Há um desejo reprimido de viajar. Lamentável que o turismo petropolitano viva um tango atípico, com um passo a frente e dois para trás. A empresa Dell’Arte, que ganhou a licitação, tem agora a obrigação de fazer tudo a jato. Sem o Estado e a Claro, o Natal Imperial seria um breu.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã