As atitudes “suicidas” que desafiam o MP

As atitudes “suicidas” que desafiam o MP

Por Cláudio Magnavita*

Ao levar os seus principais eleitores para Portugal, com todos os custos pagos pelo Senac-Rio, o presidente da Fecomércio, Antonio Florencio de Queiroz retoma velhas práticas de sedução perpetuadas, durante anos, por seu antecessor Orlando Diniz no comando de uma máquina da qual só saiu preso e algemado. Esta terra de ninguém foi usada com sapiência por Diniz, não só para enriquecimento pessoal como para alimentar um sistema corrupto que havia se apoderado do Governo do estado. A Fecomércio passou a ser uma extensão dos crimes cometidos pelo estado. Além da viagem a Portugal, há também a promessa, aos que não foram, de usar verbas equivalentes aos gastos de viagens para eventos dos sindicatos. São 59, um pouco mais de meia centena de eleitores, que decidem o destino anual de R$ 1 bilhão de reais. É uma máquina fabulosa como demonstrou Diniz.

A decisão de mexer nos estatutos e criar cláusulas de barreira, como revela hoje a coluna Magnavita do Correio da Manhã, cola ainda mais Queiroz em Diniz, do qual foi vice-presidente. Queiroz só chegou à presidência com a troca da cabeça de chapa, a mesma que agora chega ao fim. A atitude de mexer nos estatutos e fechar ainda mais o micro universo que o Ministério Público deseja mudar é desafiar o bom senso. É fechar a porta de uma saída honrosa.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã