Agora pode festa em Copa?

Agora pode festa em Copa?

O vírus da incoerência

Por Cláudio Magnavita*

O grande problema que enfrentamos hoje no Rio é o vírus da incoerência. Precisamos ter um rumo e atitudes coerentes por parte dos nossos dirigentes.

O turista, para entrar em um restaurante e se hospedar em um hotel, precisa mostrar certificado de vacinação. Para ir a qualquer evento é obrigatório apresentá-lo na porta. Ao anunciar a queima de fogos em Copa e as torres com música “mecânica” será impossível não gerar aglomeração. Forma-se um paradoxo. Não há coerência, da mesma forma que, no auge da pandemia, os ônibus, e especialmente os BRTs, circulavam lotados, com poucas unidades rodando e um público concentrado em espaço confinado. Todos os cuidados sanitários eram jogados no lixo com as CCC– Câmaras Coletivas de Contaminação do transporte público no Rio. A decisão inicial do prefeito Eduardo Paes de suspender os eventos de réveillon arrancou aplausos da Academia Brasileira de Medicina, da classe médica, formadores de opinião e até da associação hoteleira. Paes mudou de ideia e alguns pontos precisam ser explicados, o primeiro deles: quem vai pagar a conta dos fogos? Com esta polêmica, qual empresa vai querer associar a sua marca ao festejo? E o surto de influenza?

Acabou? Não estávamos com uma crise na cidade?

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã