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O voto deve ser soberano

O voto deve ser soberano

Por Cláudio Magnavita*

A decisão do TSE nesta terça, 14, teve um grande vitorioso: o eleitor. Ao restabelecer a vontade das urnas e permitir a posse do prefeito eleito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, a justiça eleitoral – o Brasil é um dos raros países que possui uma estrutura do judiciário dedicada a este segmento – restabeleceu o desejo da maioria que elegeu um dos candidatos de 2020.

O maior erro deste processo é permitir uma candidatura e, depois, sem transitado e julgado paralisar o destino dos votos. Além da perda de uma valiosa parte do mandato que não é restituída. No caso de Petrópolis, o candidato eleito perdeu 1/4 do tempo que teria para governar a cidade. Foram corroídos 25% da sua gestão e não há retorno neste episódio.

Nesta conta deve se incluir a condenação midiática, as manchetes, o uso do noticiário pela oposição e o carimbo de impedido pela justiça.

O sistema peca por não ter filtros. O mesmo ocorre com parlamentares, que, depois de impedidos, assistem a seus votos serem excluídos da totalização, prejudicando até terceiros. A justiça não deve ser usada como segundo ou terceiro turno eleitoral. O voto tem que ser respeitado.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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