A aposta na hipocrisia

A aposta na hipocrisia

Por Cláudio Magnavita*

O preconceito contra o retorno do jogo no Brasil reacende a cada avanço do Legislativo em permitir a aprovação da lei que autoriza os cassinos no país.
Correu a notícia que o líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Marcelo Freixo, orientou para voto contrário ao projeto lei colocado em pauta pelo deputado Arthur Lira. O jogo pode turbinar não apenas o turismo, mas a arrecadação de tributos. O modelo português, que possui os melhores cassinos europeus e que oxigena os investimentos do turismo, tem mecanismos que restringem o acesso aos salões, e a fiscalização é imensa. Quem é viciado não precisa ir a um cassino, pode estar virtualmente conectado e jogar no on-line, este sim o segmento que mais cresce e gera problemas graves. Os cassinos representam empregos para a classe artística, financiam grandes shows e formam uma atração como Las Vegas, onde também existe jogo. A ironia é que em cada temporada, cada grande navio que vem ao litoral brasileiro, quando zarpa, abre suas salas de jogos. O jogo é diversão, e quem é dependente pode fazer sua fezinha usando o celular.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã