Por:

O papel crescente de Rosângela Moro

O papel crescente de Rosângela Moro

Por Cláudio Magnavita*

Um fator ganhou corpo nesta pré-campanha presidencial, o papel de Rosângela Moro. O Podemos está assustado com o nível de influência da advogada não só sobre o marido, mas sobre os rumos da fase da campanha. Ela opina em tudo. A sensação que o projeto presidencial é mais dela do que do esposo.

Todos em Curitiba já sabiam da força e da personalidade da esposa do ex-juiz Sérgio Moro. Rosângela sempre foi apontada como um ponto fraco da trajetória pública dele. A lista é enorme: as sociedades advocacias que Rosângela firmou, a sua atuação em Brasília como 1ª Dama do Ministério da Justiça e a fundação que criou em uma agenda incentivado pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta.

Agora na campanha presidencial ela interrompe as reuniões, palpita sobre alianças e agendas. A mensagem de fim do ano, bem no estilo jogral doméstico, foi visível. Uma mensagem com sabor de água de salsicha e com ela assumindo o protagonismo do casal. É só ver o vídeo: é ela e depois ele.

É dela a ideia de não contratar um marqueteiro externo. Acredita que terá condições de solucionar tudo e colocar o maridão no Planalto.

A nossa “Evita” paranaense já começa a ser percebida nos meios políticos. Dentro do Podemos ela já causa alergia, porém a submissão do candidato a ela além de visível já causa preocupação. O figurino de Rosângela se molda a uma máxima popular, politicamente incorreta e pode ser adaptada ao casal: “atrás de uma grande mulher, sempre há um homem disposto a ser presidente”.


*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.