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A volta da normalidade só com responsabilidade

A volta da normalidade só com responsabilidade  

Por Cláudio Magnavita*

Se existe um ambiente controlado é o de um cruzeiro marítimo. Há rigorosos controles sanitários e as próprias rotinas de alimentar milhares de pessoas a bordo, com várias refeições de forma impecável, é uma prova incontestável. São dois universos que convivem de forma paralela: os residentes a bordo e os passageiros. Os controles de saúde e de doenças são anteriores à pandemia. Os grandes transatlânticos possuem uma estrutura operacional que está na vanguarda. Reciclam o lixo, existe um tratamento de esgoto e dejetos equivalente ao de grandes cidades, com respeito ao meio ambiente. Já vai longe o período nos quais os barcos eram predadores.

O que ocorre agora é fruto dos rigorosos protocolos que foram adotados na pandemia. Os casos identificados de contaminados aparecem porque há uma rigorosa testagem.

Vender o medo é fácil. As autoridades não podem demonizar as viagens marítimas que elas mesmas permitiram. A parada para arrumar a casa até 21 de janeiro, decidida pelo setor, acaba com o histerismo coletivo que estava sendo criado em uma área que gera empregos, gera receita para fornecedores e se transformou em um importante segmento do trade de viagens e turismo.

Quem não teve notícias de pessoas que se contaminaram nas últimas festas de fim de ano? Só ocorreu nos cruzeiros marítimos? O procedimento de testar, identificar e isolar segue os protocolos da Organização Mundial de Saúde. As companhias de cruzeiros são internacionais, possuem rigorosas normas legais e não seriam irresponsáveis lançar os seus programas de viagens, sem as seguranças necessárias.

O grande problema do Brasil hoje é a Anvisa, que se deixou picar pela mosca azul da mídia e pensa mais nas manchetes sensacionalistas do que lutar para manter a normalidade. O próprio presidente da República já teve os seus problemas e divergências com a agência.

O setor de turismo agiu certo. Parou temporariamente para uma arrumar a casa e aprimorar os protocolos. Devemos confiar em quem luta pela volta à normalidade com responsabilidade.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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