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O Rio quando se une é respeitado e se impõe

O Rio quando se une é respeitado e se impõe

Por Cláudio Magnavita*

O Rio deu uma demonstração de força e credibilidade ao criar uma solução para a polêmica Galeão X Santos Dumont. O governador Cláudio Castro e o senador Carlos Portinho foram dois leões na defesa de uma solução que contemple os pleitos da sociedade civil organizada, na audiência com o ministro Tarcísio Freitas, na tarde desta quarta, 12 de janeiro, em Brasília. Incluir a Firjan, Fecomércio e a bicentenária Associação Comercial do Rio em um grupo de trabalho, que analisará os diversos pontos colocados à mesa, foi um avanço. A promessa do ministro Tarcísio de segurar o edital do Santos Dumont até chegar a uma posição consensual demonstra o efeito da união da sociedade, em uma agenda comum.

O Rio, quando se une, mostra a sua força. Nesta equação, é importante destacar o papel do legislativo fluminense, que, através da Assembleia Legislativa Estadual, abraçou a causa e realizou uma histórica audiência pública, transmitida ao vivo pela televisão e redes sociais. O presidente da Alerj, André Ceciliano, aprovou marcos legais favoráveis à valorização do Galeão. Saiu do discurso para a prática.

Este caso traz algumas lições. A primeira delas, a de se aprender olhar os dois lados da moeda. O Rio-Galeão nasceu torto, como uma concessão conquistada pelo maior corruptor do Brasil, o grupo Odebrecht, com valores impagáveis: R$ 17 bilhões. Uma dívida impagável, sem a revisão do contrato ou compensações subterrâneas. É este o cerne da questão, que não pode ser desprezado. Muitas das justificativas apresentadas eram “piscinas rasas” e não se sustentam a luz do mercado. É uma espécie de “joga pedra na Geni”. Ou melhor, no Tarcísio.

Há erros do Governo Federal, entre eles, menosprezar a capacidade de união das forças produtivas do Rio. A solução está agora nas mãos de todos e este lado Pitbull do governador Cláudio Castro está surgindo efeito. Ser governador do Rio é de um peso político imensurável e Castro compreendeu o que está sendo depositado no seu mandato. Josa Nascimento Brito, Eduardo Eugênio e Antônio Queiroz merecem aplausos e, agora, estão buscando a solução.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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