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Diálogo entre Guedes e Castro é um bom sinal

Diálogo entre Guedes e Castro é um bom sinal

Por Cláudio Magnavita*

O encontro do Governador Cláudio Castro e do Ministro Paulo Guedes foi o olho no olho. Nos últimos dias, o Ministro compreendeu que a situação do Rio é atípica. Não pode ser analisada na ótica dos últimos sete anos, até porque, parte deste período, há personagens que estão fora do cenário do Governo.

Guedes foi generoso com Castro e sinalizou para a equipe que a análise deve ser feita pelo comportamento do estado nos últimos três anos, especialmente os dois da gestão Castro. O Rio tem seguido fielmente a cartilha ditada por Brasília e tem se comportado como um bom pagador. Um dado tem que ser colocado na mesa é a capacidade do Rio de contribuir para a União. Anualmente, são R$ 200 bilhões gerados pela economia fluminense para os cofres de Guedes. O Rio é um dos maiores contribuintes da Federação e muito pouco recebe. O nosso superavit anual é enorme. É 200 contra 40 de contrapartida. O Rio foi o primeiro estado na Recuperação Fiscal e o modelo criado por Pezão/Dilma serviu para as demais unidades federativas. Se o Rio entrar agora na Recuperação pela porta do fundo, será uma desmoralização. Existe uma agenda maior do que afinidades políticas, amizades e ideologia: a defesa do Rio. O estado paga um preço caro pela mudança da capital, a fusão e os desgovernos apadrinhados por Brasília, que dilapidaram os cofres e fizeram um endividamento impagável.

Há muito tempo não vivemos um momento de bonança como o atual. Dinheiro em caixa, receita aumentado, produtividade no serviço público e, agora, ações duras na segurança.

O Ministro Paulo Guedes tem sua ótica própria, mas é uma das pessoas mais pensantes que temos em Brasília. Ele ficou rico por causa da sua racionalidade. Os argumentos apresentados pelo Governador na reunião desta quarta, 19, são válidos. Serão analisados e debatidos ponto a ponto. O que não pode faltar é dialogo, e ele foi restabelecido hoje, de forma cordial. Entendimento é tudo e o Rio merece!

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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