O grande teste para o Governo de Cláudio Castro
Por Cláudio Magnavita*
O Governador Cláudio Castro enfrenta o seu primeiro teste de campo com a tragédia de Petrópolis. É a grande oportunidade para o estado descobrir se temos realmente um governo que funciona ou um governo que só faz espumas.
Um governante precisa fazer gestos. Cancelar toda programação no Médio Paraíba e se deslocar para Petrópolis foi um gesto acertado. A emblemática presença de Castro e do deputado André Ceciliano, juntos, é outra sinalização que a força do Legislativo e do Executivo está unida neste momento de dor.
Petrópolis precisa agora é de ações concretas que saiam do papel. A primeira tarefa é enterrar os mortos e prestar solidariedade às famílias. O segundo passo é tirar a cidade do caos urbano que foi submetida, restabelecendo serviços públicos e desobstruindo o sistema viário, em reconstrução. Já testemunhamos muito isso em outras tragédias e, principalmente, com os abusos cometidos em Teresópolis.
Desta vez a tragédia atinge também o núcleo urbano desta cidade monumento e com impacto no comércio e na retomada do turismo, que já vinha ocorrendo. Esta última uma atividade, prioritária para a cidade, que é um dos mais importantes destinos turísticos do país. Além da pandemia, os empresários e hoteleiros enfrentam uma paralisação da atividade, em plena alta estação. Eles merecem uma atenção especial. A responsabilidade da reconstrução e da volta à normalidade tem que contar com o apoio da iniciativa privada e das entidades empresariais. Fecomércio, Firjan, Associação Comercial, ABIH-RJ, CDL, SEBRAE devem criar programas especiais de socorro.
Contudo, o mais importante é a realização de estudos técnicos que ajudem a encontrar soluções para que novas tragédias similares não se repitam. Aprender com elas é honra àqueles que tombaram.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
