Petrópolis: hora de reconstruir e renascer bem mais forte

Petrópolis: hora de reconstruir e renascer bem mais forte

Por Coluna Magnavita*

E agora Petrópolis? Esta pergunta está sendo feito à medida que as ruas estão sendo limpas, os mortos estão sendo enterrados, os comerciantes contabilizando o prejuízo e os serviços públicos sendo restabelecidos. O luto é a parte mais revoltante desta tragédia que deverá contabilizar mais de duas centenas de vidas abruptamente ceifadas.

Existe um dia seguinte que deve ser pensado. Não há como trazer de volta as vítimas perdidas, mas há como evitar que novas perdas de vida ocorram.

É necessário um replanejamento urbano. Uma missão que cabe ao executivo e legislativo municipal, mas que devido às proporções desta tragédia não faltará apoio e ajuda nacional e internacional.

A super exposição de mídia nos últimos dias, até no exterior, pode ocasionar um obstáculo para a reconstrução do turismo: o medo. As pessoas não podem ter medo de visitar e passar suas férias em Petrópolis. Cabe às autoridades do turismo, tanto estadual como nacional, ajudar a vencer estes receios. Visitar Petrópolis é o principal ato de solidariedade que podemos ter. E não precisa esperar. Agora, nestes feriados de carnaval, existe uma rede de hotéis fora do centro da cidade – a área mais afetada, mas já em recuperação, que podem receber visitantes. É importante manter as reservas e até procurar as vagas existentes. Existem milhares de empregos que dependem deste movimento turístico.

Sobre o dia seguinte é preciso pensar na reformulação da cidade como destino turístico, uma das suas maiores vocações e que há muito espera ações mais consistentes. Entre elas a construção de um centro de convenções. O Ministério do Turismo pode e deve tirar estes projetos do papel.

Este é um setor que rapidamente reage e gera empregos. Petrópolis possui atrativos que são imbatíveis, tanto na natureza quanto na história. É hora de captar investimentos e equipamentos de lazer para uma cidade que precisa ser repensada e reconstruída, e a sua vocação para o turismo precisa de uma nova atitude. É a solução mais rápida para a retomada econômica e para ativar o comercio. É hora de reconstruir e renascer mais forte.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã