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Contrato prova que Bomtempo era o responsável pelas obras que evitariam novas tragédias

Contrato prova que Bomtempo era o responsável pelas obras que evitariam novas tragédias

Cabral deu a Bomtempo o contrato das encostas

Por Cláudio Magnavita*

Em 10 de julho de 2013, um documento assinado pelo então Governador Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho e Rubens José França Bomtempo, coloca o então Prefeito de Petrópolis como interveniente executor, “assumindo todas as obrigações” e excluindo a SEOBRAS. Trata-se do aditivo ao anexo do termo de Compromisso nº 0396.117-63/2012 entre o Ministério das Cidades, representado pela Caixa Econômica e o Estado do Rio.

É importante demonstrar que o Governo Federal estava sob comando da Presidente Dilma Rousseff e o então Prefeito Bomtempo infernizou a vida do estado, até conseguir ser o executor das obras das encostas de Petrópolis. É exatamente isso. Junto com o Governo Federal, Rubens Bomtempo conseguiu tirar a execução do Governo Estadual e assumir oficialmente a gestão de recuperação da cidade após a tragédia de 2011 no Vale do Cuiabá.

Aquela eleição de Rubens Bomtempo teve como alvo exatamente o seu antecessor, Paulo Mustrangi, para quem apontou o dedo e acusou de fracassar, fraudar e desviar os recursos e ser incompetente para recuperar o desastre de 2011.

Foi a maior guerra política na história de Petrópolis, utilizando a tragédia como argumento. Anos depois, Mustrangi não teve a vergonha de ser vice-prefeito de Rubens Bomtempo e este, por sua vez, também não teve vergonha de colocar ao seu lado aquele que tanto acusou.

Este documento firmado com Cabral não deixa dúvidas sobre a responsabilidade direta de Rubens José França Bomtempo pelas obras que teriam evitado a nova tragédia em 2022. O seu relacionamento com a então Presidente Dilma Rousseff foi o grande argumento para conseguir a titularidade do milionário contrato e com poderes para contratar.

De volta à Prefeitura, e com o seu arqui-inimigo ao lado, Rubens Bomtempo, e o próprio Paulo Mustrangi, têm muito o que explicar. Quis o destino que eles fossem vítimas das próprias armadilhas que criaram. Colhem o que plantaram. E agora, em mandato, precisam explicar o que fizeram ou deixaram de fazer. Cadê as obras que faria com o PT e amiga Dilma Rousseff?

 *Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

 

 

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