Bomtempo politizou até a Defesa Civil de Petrópolis

Bomtempo politizou até a Defesa Civil de Petrópolis

Por Cláudio Magnavita*

Quem assiste as imagens da Guerra na Ucrânia acha que já viu isso. Foi exatamente aqui, a 60 quilômetro, o cenário de terra devastada que ficou Petrópolis depois do 15 de fevereiro. Estão com razão todos aqueles que compararam o cenário petropolitano ao de uma guerra.

Hoje a cidade retoma ao seu normal. O noticiário cada vez mais é ocupado com o conflito Ucrânia X Rússia e vamos esquecer as nossas tragédias domésticas.

A marca mais visível da tragédia foi descobrir a fragilidade do atual Prefeito Rubens Bomtempo. Ele conseguiu, com a sua "brilhante" atuação (notem as aspas por favor...), virar uma unanimidade na cidade: ninguém mais vota nele. A sua incapacidade de agir com firmeza e de se proteger da pressão política do seu próprio partido acabou soterrando todo o seu futuro político.

A ironia é que Petrópolis nunca precisou tanto de um Prefeito atuante como agora. Mas o que se esperar de uma prefeitura que se esfacelou com a tragédia do dia 15 passado.

O maior exemplo é o que ocorre na Secretaria de Defesa Civil de Petrópolis. Em janeiro de 2022, um mês antes da tragédia, a pasta começou a ser desmontada. A frota da Defesa Civil está empastelada. Das duas Rangers, só uma funciona, das duas 1200, uma está sem embreagem e a outra com o câmbio travado. A S10 só tem freios nas rodas dianteira, só o carro do Secretário Gil Correia Kempers Vieira está impecável. No dia 15, vídeos comprovam que as sirenes de alerta só tocaram quando a cidade já estava inundada. Quem deveria acionar era neófito no cargo. O atendimento no 199 é feito por pessoas com cargo de assessoramento. Todas as nomeações assinadas pelo Bomtempo. O que ocorreu na Defesa Civil é responsabilidade direta do Prefeito.   

 

 *Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã