A humanidade não aprendeu nada com a pandemia?
Por Cláudio Magnavita*
A universalidade da dor e o pânico criado pela pandemia do Coronavírus atingiu todas as nações, não respeitou nacionalidades, cor, credo, posição social. Mostrou a fragilidade da raça humana perante um inimigo comum.
Nestes dois anos vivemos paralisação total das atividades por semanas, céus sem aviões, ruas sem gente, mares sem navios... As pessoas se trancaram em suas casas e milhões morreram. O medo e o pânico levaram a um sentimento de solidariedade. Uma corrente para desenvolver remédios e vacinas. O conceito de nação foi esfarelado por uma doença universal que atingia a todos.
Foi uma crise planetária sem precedentes. Diferente das outras pandemias, a tecnologia da informação transformou a dor de cada um em uma dor do planeta. Transformou o pavor de cada um no medo de todos os terráqueos.
Este evento planetário só terá efeito similar se algum dia uma aeronave com extraterrestres pousar na Torre Eiffel. Descobrimos que a humanidade possuía um inimigo comum e houve um mutirão para a busca de uma solução. O que ocorreu agora, neste início de 2022 demonstra que nenhuma grande lição a humanidade tirou desta crise planetária. O sentimento é de retrocesso com a Guerra deflagrada pela Rússia contra a Ucrânia, ou melhor, contra tudo que acreditamos como civilizados.
Na pandemia seria impossível pensar que estaríamos correndo, poucos meses depois, o risco de uma nova guerra mundial e até uma guerra que utilize armas atômicas. Estamos contabilizando, em centenas, as mortes de militares e de civis dos dois lados.
A humanidade lutou tanto para salvar vidas e agora nós matamos centenas por motivos torpes e por puro egoísmo?
Esta Guerra tem que ser vista com os olhos do período pandêmico que vivemos. Ela é tão insana que pode validar, pela sua perplexidade, as teses do Coronavírus ter sido desenvolvido em laboratório e disseminado como instrumento de uma guerra biológica. Será que já vivemos há dois anos a Terceira Guerra Mundial?
Quem venham os ETs para fazer o planeta parar e refletir! O planeta Terra realmente não merece a humanidade que hoje o habita.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
